Parecem coisas totalmente distintas mas os assuntos foram levantados na última reunião de nosso grupo de estudos. Estávamos falando que a gripe suína, embora negativa, é uma grande demonstração de interdependência dos seres, pois um vírus mutante atinge em questão de horas pessoas no México e depois na Austrália. De um modo bizarro estamos lidando com essa interdependência de uma forma atroz, ainda que não sabemos direito com o que estamos lidando e o quanto grave essa pandemia pode ser. Me lembro do ebóla e da gripe aviária. O que aconteceu com essas doenças? Sumiram? Não íam dizimar a espécie humana? Sei lá...
Mas, e Susan Boyle, como entra nessa história?
Bem, a Nancy sugeriu que o fenômeno Susan Boyle seria uma maneira positiva de se demonstrar essa interdependência, pois uma pessoa humilde, simples, sem qualquer dote físico que a sociedade do mundo classificaria como aceitável, sem qualquer idéia do que a moda corrente dita e com uma voz de abalar os alicerces de qualquer show da Broadway, tem levado alegria para pessoas comuns, também sem tais dotes, fazendo com que elas se sintam valorizadas e menos ridicularizadas. Seus algozes agora tem que lidar com essa mulher escocesa com voz de trovão se colocando de paladina dos menos dotados de beleza mas que escondem grandes talentos.
Susan Boyle é simples e determinada, entrou em um programa de maneira descontraída, quase certa de sua desclassificação iminente e talvez por isso é que tenha sido tão arrebatadora. É como um duelo de samurais no qual um sabe que vai perder e demonstra a tranquilidade dos sábios, sendo que seu oponente, vasculhando o ser adversário tenta encontrar um fio de medo, de hesitação e não encontrando, joga sua espada ao chão, rendendo-se. O público e os jurados tiveram que jogar suas espadas ao chão e fazerem uma profunda reverência à Susan depois de interpretar sua música extraída da peça Le Miserables.
A interdependência não falha, não tarda e está explícita em tudo que fazemos. Já dizia Buda e Einstein!
Namo Amida Butsu
Por isso esse blog possui esse nome... Jigoku No Sora,
o Teto do Inferno
"Esse eu insensato, que tem tão pouca chance de salvação, é totalmente incapaz de resistir a desejos intensos e comprometimentos, a essa sucessão de dias e noites, inegavelmente reais, passada sob o constante tormento das ilusões monstruosas; isso é o inferno." - Hiroyuki Itsuki