tag:blogger.com,1999:blog-47092863796760373872024-02-22T11:33:27.065-03:00Teto do Inferno (Jigoku no Sora)Um olhar budista sobre o cotidiano. Não espere nada convencional, apenas visões da realidade vazia de nossa existência.Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-8215032664935561922013-10-03T16:23:00.001-03:002013-10-03T16:23:18.996-03:00Palestra: Nembutsu: Relembrando as Qualidade Búdicas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FK26M0g0g8o?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-8813959689893432022013-09-04T15:56:00.001-03:002013-09-04T15:57:43.403-03:00Budismo Terra Pura (1)<br /><br />O buddhismo, como uma das principais religiões e como um modo de vida, é assunto de numerosos livros e comentários. Porém, o cerne de seus ensinamentos pode ser expresso em dois conceitos principais: pureza da mente e prática. Os ensinamentos tradicionais da Terra Pura enfatizam três elementos — fé [no compromisso de Amitabha], votos [aspiração de renascer na Terra Pura] e prática (recitação de Buddha) — como as condições essenciais para o renascimento na Terra Pura, na Mente Pura. Esta abordagem é apresentada como o caminho mais fácil e mais expediente para a maioria das pessoas nestes dias e nesta era.<br /><br />Estes ensinamentos estão em harmonia com outras tradições da Terra Pura, como a Jôdo Shinshû, na qual o shinjin, fé, é definitivamente definido como a mente — a verdadeira mente, abarcando os votos e a prática (jap. sanshin isshin). A Terra Pura também está alinhada com o Zen, que vê todos os ensinamentos como expedientes, "dedos apontando para a lua" — a lua sendo a mente verdadeira, a mente da talidade, sempre brilhante, pura e imutável. Do mesmo modo, o Dhammapada, um texto chave da escola Theravada, sumariza os ensinamentos do Buddha com as palavras "Não faça o que é mau, faça o que é bom, mantenha sua mente pura." Porém, a pureza da mente não pode ser atingida pelo estudo e verbalização apenas; só pode ser atingida através da prática. [...]<br /><br />Enquanto um praticante está ocupado visualizando o Buddha [Amitabha] ou recitando o nome do Buddha, ele não pode cometer transgressões ou violar os preceitos buddhistas; portanto, ele efetivamente realiza a perfeição [ou treinamento superior] da disciplina [sânsc. shila]. Do mesmo modo, recitando o nome do Buddha com uma mente completamente focada é nada menos que a realização da perfeição da concentração [sânsc. samadhi]. Uma vez que a concentração seja atingida, a mente do praticante torna-se vazia e calma, conduzindo ao surgimento de sua sabedoria inata — a sabedoria [sânsc. prajna] dos buddhas.<br /><br /><br />(Thich Thiền Tâm, Pure Land Buddhism)Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-25706779665226642332013-05-29T19:02:00.005-03:002013-05-29T19:02:59.359-03:00Gion<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOHG07YeMfAUeUBoVq7-_PH0E33doMP2_-aLSv0SElR8eYrZFQVnUGCmHfMxaTPUnP1sgPfQnDMZYalxwduy6e1MHfjk9jDcRZN9sfEHxnKLAq9AEPZdkGZK5v5S9GwWyUi0gMFJLNS1c/s1600/IMG_1271.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
Chegamos de Uji, carregados de chás e seu aroma invadindo nosso quarto no albergue. Hochi-cha... chá-verde torrado... o odor de Uji... e saímos para passear e curtir a noite de Kyoto...<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzWivvv0M7eo37_Q9COvyqm85Ycuujx0cX2bsLxAPu6txy7ebaV6ZD-o0RCPQBouRitLNxFZ78gMdDVYScRPgCqGnA9ZPzRsoraIdj5-EiLVkEOzPycJnU8zPafHnT8SYSQRArWADcPEI/s1600/DSCN1938.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzWivvv0M7eo37_Q9COvyqm85Ycuujx0cX2bsLxAPu6txy7ebaV6ZD-o0RCPQBouRitLNxFZ78gMdDVYScRPgCqGnA9ZPzRsoraIdj5-EiLVkEOzPycJnU8zPafHnT8SYSQRArWADcPEI/s320/DSCN1938.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vista de Gion</td></tr>
</tbody></table>
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Neste dia jantamos em Gion, o "bairro boêmio" de Kyoto! Vale uma grande resalva aqui... quando um latino ouve "bairro boêmio" já pensa em esbórnia, agito, música alta, neon... nada disso.... Gion é a antítese da visão normal de um bairro boêmio.<br />
<br />
Tombado pelo patrimonio cultural do Japão, o bairro composto de 3 ou 4 ruas perpendiculares a mais 5 ou 6 ruelas é todo conservado como se tivesse parado no século XIX. É um exemplo do que era a Kyoto de outrora. Casas tradicionais, ruelas estreitas, lanternas de papel acesas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSullMRtQxMyiP16nZ7BfoBM5sl4_A5mcZ5n2g19rgTibpOzwq-mZssE4RfBY713b9wEARIrdwjeiRj2cGHYCs-j6JXokDmC_5OaHSA_n-0099sBJNlBi7cRaO-_bHzFekulhGbTbK3aI/s1600/DSCN1939.JPG" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSullMRtQxMyiP16nZ7BfoBM5sl4_A5mcZ5n2g19rgTibpOzwq-mZssE4RfBY713b9wEARIrdwjeiRj2cGHYCs-j6JXokDmC_5OaHSA_n-0099sBJNlBi7cRaO-_bHzFekulhGbTbK3aI/s320/DSCN1939.JPG" width="320" /></a><br />
<br />
O mais incrivel de Gion é que a grande maioria dessas casas são restaurantes e bares, de todos os níveis e tipos. E outro ponto: Gion é deserta! Sim, deserta! Não há ninguém na rua e olhe que estávamos ali em pleno sábado a noite, no final da Golden Week (semana de feriado nacional no Japão)! Caminhamos por minutos e minutos sem ver ninguém e de repente um casal aqui, dois amigos ali, andando rápido, saindo de uma casa, entrando em outra. Começamos a ficar encucados.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2YTrdPPNeUzdxGFdu_bMvW1HSsQMDeL4bRp08DAtF6TRlgza5S1tq1iHKBmyN9tg64xY-S-7F1GFc79LGPVhpZ-MeNaJlAKHFYPK9T51FuawHu8lgyy72CsSSSu15E5FTbET34FSvDX4/s1600/DSCN1945.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2YTrdPPNeUzdxGFdu_bMvW1HSsQMDeL4bRp08DAtF6TRlgza5S1tq1iHKBmyN9tg64xY-S-7F1GFc79LGPVhpZ-MeNaJlAKHFYPK9T51FuawHu8lgyy72CsSSSu15E5FTbET34FSvDX4/s320/DSCN1945.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cadê todo mundo?</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
Como a arquitetura tradicional japonesa prevê janelas cobertas por papéis de arroz e persianas de bambú, nunca conseguimos ver da rua o que se passa dentro dos imóveis. Mas, avistei uma janela entre aberta e não me contive: corri para espiar lá dentro e qual não foi minha surpresa de ver que era um bar, um pub japonês LOTADO de gente! Me esgueirei para ver o imóvel do lado, novamente a surpresa: um restaurante LOTADO! Que coisa engraçada... Gion estava fervendo, no seu estilo, da sua maneira, mas estava "bombando", só que todo mundo fica dentro dos locais, prezando pelo silêncio e contribuindo para atmosfera sombria e misteriosa daquelas ruelas, das quais parecem que vão saltar ninjas dos telhados, samurais sairão pelas portas e gueixas passarão apressadas em seus kimonos maravilhosos (bem, essas últimas ainda existem e passam assim mesmo e em Gion).<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSV3gr5SFB4UB59Vdkh5jEIGaFetX-5E2fSw0bl2US7ug75VwrpxSIvmlNA6EBPHh1D3iFDRS6n3FII5IYjfx7KIwhgsBd3vowrqUS4XDkOKHxw_1XUmzt804Wi81a1N7dPcO9Cf_2umY/s1600/DSCN1941.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSV3gr5SFB4UB59Vdkh5jEIGaFetX-5E2fSw0bl2US7ug75VwrpxSIvmlNA6EBPHh1D3iFDRS6n3FII5IYjfx7KIwhgsBd3vowrqUS4XDkOKHxw_1XUmzt804Wi81a1N7dPcO9Cf_2umY/s320/DSCN1941.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Restaurante em Gion</td></tr>
</tbody></table>
Estando o bairro em "ebulição" resolvemos jantar por ali e ainda bem que há uma prática saudável dos restaurantes em deixar a mostra na entrada uma cópia de seus cardápios. Pois não é só a atmosfera de Kyoto que é sombria, os preços de alguns restaurantes também o são! Fomos olhando para vários, comparando com nosso orçamento e logo encontramos um interessante. <br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYV4MUcfHi4L73w-_VkD4pufSxKJPIx39Zr5P3K_B0G-KAS2fH8Zb9VG2TISF94WzN6_7YyioWjt4Y2-kJuJ12OR8CYs5bRkdYtDsAvtZcT2TmmG66k9n9OkM4fuqjrRMYnLQmTjQUF0/s1600/DSCN1948.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYV4MUcfHi4L73w-_VkD4pufSxKJPIx39Zr5P3K_B0G-KAS2fH8Zb9VG2TISF94WzN6_7YyioWjt4Y2-kJuJ12OR8CYs5bRkdYtDsAvtZcT2TmmG66k9n9OkM4fuqjrRMYnLQmTjQUF0/s320/DSCN1948.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nosso restaurante</td></tr>
</tbody></table>
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Por fora era uma casa tradicional de Kyoto, mas quando entramos nos deparamos com um interior extremamente moderno! Tatames com almofadas vermelhas, paredes de cimento queimado, lustres vanguardistas e um cardápio eclético, japonês mas eclético. Tiramos os sapatos, nos aconchegamos uma mesa baixa e uma simpática garçonete que arranhava um inglês básico veio nos atender. Pedimos as bebidas e o próprio Chef veio conversar conosco e dar sugestões.<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA3MGzC812I0C56J3bIMwVYVNKBcnNR95ApsCQ3yf-dG4Rodo-DmEMB36tYH5Yu8Ilki8tIIYZrNNc89-tfVjLPYF6NWpOLAHBfOvaFMFExzYQ85SjEMeFERKLsCA7QmH_FH3siwRB4FE/s1600/IMG_1272.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA3MGzC812I0C56J3bIMwVYVNKBcnNR95ApsCQ3yf-dG4Rodo-DmEMB36tYH5Yu8Ilki8tIIYZrNNc89-tfVjLPYF6NWpOLAHBfOvaFMFExzYQ85SjEMeFERKLsCA7QmH_FH3siwRB4FE/s320/IMG_1272.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nosso restaurante moderninho em Gion</td></tr>
</tbody></table>
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Um jovem japonês que falava inglês e estava no comando do restaurante apoiado por um sous-chef que ficou na cozinha mas dava para avistá-lo, uma vez que a cozinha ficava no meio do restaurante. A especialidade do restaurante era "shabu-shabu", que são carnes e legumes cozidos em um caldo à mesa, mas feito de uma maneira mais moderna, usando vapor.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOHG07YeMfAUeUBoVq7-_PH0E33doMP2_-aLSv0SElR8eYrZFQVnUGCmHfMxaTPUnP1sgPfQnDMZYalxwduy6e1MHfjk9jDcRZN9sfEHxnKLAq9AEPZdkGZK5v5S9GwWyUi0gMFJLNS1c/s1600/IMG_1271.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOHG07YeMfAUeUBoVq7-_PH0E33doMP2_-aLSv0SElR8eYrZFQVnUGCmHfMxaTPUnP1sgPfQnDMZYalxwduy6e1MHfjk9jDcRZN9sfEHxnKLAq9AEPZdkGZK5v5S9GwWyUi0gMFJLNS1c/s320/IMG_1271.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu, Jean,Sandro e nossa simpática garçonete</td></tr>
</tbody></table>
Confesso que comida não era lá essas coisas, mas o local e o atendimento do restaurantes, acompanhado de bons amigos e duas canecas de cerveja depois de andarmos o dia todo, tudo estava perfeito... afinal estávamos em Gion...<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe3L9ZlU7nB6TFgRt0LXb8mD9TMf0yoqHzzzFFZYJiVbV5he5CTnUao49Z9-6ul7HarqOS-6u3tBJhFt4Rt9oj8HOHIxhiyG6bAerQZmsMCuRsU93RVZuS72xpRHTWIAfe7fIwSQ5xryc/s1600/DSCN1950.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe3L9ZlU7nB6TFgRt0LXb8mD9TMf0yoqHzzzFFZYJiVbV5he5CTnUao49Z9-6ul7HarqOS-6u3tBJhFt4Rt9oj8HOHIxhiyG6bAerQZmsMCuRsU93RVZuS72xpRHTWIAfe7fIwSQ5xryc/s320/DSCN1950.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pontocho</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> </td></tr>
</tbody></table>
Voltamos para o albergue caminhando e passamos por Pontocho, o bairro que fica na beira do rio em Kyoto, com mais bares e restaurantes. Neste local sim, podemos ver pessoas na rua, jovens conversando, bebendo, se divertindo. Pontocho é a Kyoto "moderna" e Gion a tradicional. Demais! <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzWivvv0M7eo37_Q9COvyqm85Ycuujx0cX2bsLxAPu6txy7ebaV6ZD-o0RCPQBouRitLNxFZ78gMdDVYScRPgCqGnA9ZPzRsoraIdj5-EiLVkEOzPycJnU8zPafHnT8SYSQRArWADcPEI/s1600/DSCN1938.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSullMRtQxMyiP16nZ7BfoBM5sl4_A5mcZ5n2g19rgTibpOzwq-mZssE4RfBY713b9wEARIrdwjeiRj2cGHYCs-j6JXokDmC_5OaHSA_n-0099sBJNlBi7cRaO-_bHzFekulhGbTbK3aI/s1600/DSCN1939.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a></div>
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<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYV4MUcfHi4L73w-_VkD4pufSxKJPIx39Zr5P3K_B0G-KAS2fH8Zb9VG2TISF94WzN6_7YyioWjt4Y2-kJuJ12OR8CYs5bRkdYtDsAvtZcT2TmmG66k9n9OkM4fuqjrRMYnLQmTjQUF0/s1600/DSCN1948.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
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<br />Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-34424631498666091482013-05-23T00:26:00.002-03:002013-05-23T00:27:08.932-03:00Byodoin em Uji(fotos em breve)<br />
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Bom o Byodo-in... para começar temos que falar sobre o conceito desse templo. Trata-se de um templo da Escola Tendai, umas das mais antigas do Japão e que foi o berço das escolas Soto-zen, Jodo, Jodo-shin e Nichiren, ou seja, o que conhecemos de "moderno" no Budismo japonês se originou nesta escola. Isso se deu por causa da grande gama de sutras estudados nela e como ninguém consegue estudar muitos deles ao longo da vida, vários monges passaram a se concentrar em alguns deles para então divulgá-los. No caso da escola Jodo Shin, a qual eu pertenço, nosso fundador Mestre Shiran, <br />
antigo monge da escola Tendai, dedicou sua vida ao estudo dos sutras e tratados sobre a Terra Pura do Buda da Luz e da Vida Infinitas, Amida (ou Amitayus / Amitabha). <br />
<br />
Um desses sutras, o Sutra Maior de Amida (Daikyo), faz uma descrição detalhada do que seria fisicamente essa Terra Pura. Como são suas árvores, lago, flores, aves, música, palácios e habitantes. Tudo isso com uma grande riqueza de detalhes sobre forma, cores, odores, tons, texturas e materiais. Dessa forma, o Sutra nos descreve o que nos espera quando aspiramos renascer naquele local.<br />
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Pois bem, alguém resolveu construir essa Terra Pura em Uji e o chamou de Byodo-in!<br />
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Logo que se entra somos saudados pelo maior pé de glicínia que eu jamais poderia pensar em ver (mesmo pq depois de um raquitico pé desses plantado em um templo em São Paulo que eu só vi dar UM cacho de flor, uma vez, em 10 anos, era a primeira ocasião com a qual me deparava com tal beldade, ainda mais daquele tamanho - olhe a foto!). Não sou botânico, mas o caule me parecia centenário e para meu deleite estava TOTALMENTE florida, mais uma vez, TOTALMENTE! Cachos enormes de glicínias branco-arroxeadas pendendo de ramos e mais ramos exalando um perfume muito agradável. <br />
<br />
O parque é grande, do tamanho do parque da Aclimação em São Paulo (para quem conhece), mais ou menos e logo depois desse maravilhoso pé de glicínia, temos um templo dedicado a um dos protetores do Dharma, Fudo-Myoo, com um jardim contemplativo, cheio de árvores de bordo com suas folhas vermelhas, amarelas e verdes. Tipicamente uma paisagem japonesa. Sem contar nas azaléias que também estavam vívidas e finalizando o contorno colorido da cena com suas flores vermelhas, rosas e brancas. <br />
<br />
Andando-se mais um pouco, ele se revela: o famoso lago de flores-de-lótus e o pavilhão da morada de Buda Amida bem na beira dele, exatamente como descrito no Sutra. Estou desconfiado que visitamos o Byodo-in no auge de sua beleza esse ano. Estaria perfeito se também as flores-de-lótus estivessem floridas.<br />
<br />
Infelizmente o Pavilhão de Amida, principal contrução do parque estava envelopado com uma estrutura metálica, pois encontrava-se em manutenção centenária. E aqui vale uma nota sobre a construção de templos no Japão, conforme aprendi no Honzan do Honganji. Os templos são feitos para durarem 300 anos, sendo que ao fim desse período devem ser demolidos e refeitos, ainda que a cada 100 anos deva-se fazer manutenções corretivas e preventivas. O nosso próprio Amida-<br />
<br />
do, o Pavilhão de Amida, no Honzan está passando também pela sua primeira manutenção centenária, ou seja, primeira desta construção que ali se encontra. Mas haverá um post sobre isso mais tarde.<br />
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Assim, sem termos a chance de entrar no Pavilhão de Amida, construído conforme as descrições de Buda Shakyamuni, contemplamos aquela natureza quieta, tranquila e sublime. Descobrimos então que o centro de visitantes havia se transformado em um museu, mas como mencionei anteriormente já se passava das 17 horas e, claro, o museu também fechava neste horário. Mesmo assim fomos até lá para usarmos o banheiro do centro de visitantes e olharmos a famosa "lojinha"... foi aí que uma coisa estranha aconteceu...<br />
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Assim que nós três pisamos no centro de visitantes, uma japonesa de uniforme do local se materializou na nossa frente, se curvou nos cumprimentanto, virou-se e abriu uma cancela (dessas de marcar fila) e disse "por favor" nos indicando o caminho, passamos e ela correu na frente e chamou um elevador que logo se abriu e ela praticamente nos empurrou delicadamente para dentro sem falar uma palavra. A porta se fechou e um olhou para a cara do outro sem entender nada. Logo perguntei ao Jean, "ela disse alguma coisa? para onde estamos indo?". Ele só deu de ombros e a porta se abriu novamente, sem sabermos se descêramos ou subirâmos. Outra japonesa de uniforme apareceu, nos cumprimentou e indicou o caminho quando demos de cara em uma porta enorme. Ela então tirou uma chave do bolso e abriu a porta, passamos e ela se trancou pelo lado de fora, deixando-nos lá dentro de onde quer que fosse. <br />
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Um olhou para o outro e seguimos por um corredor todo de paredes de cimento queimado e iluminação fraca e indireta. Há alguns passos de distância saímos em um grande salão no qual se encontravam as estátuas que outrora ornaram o Pavilhão de Amida. Eram dezenas! Lindíssimas e de um detalhamento assustador. Bodhisatvas, dragões, apsaras, klavinkas, budas, protetores e mais um tanto de seres celestiais iluminados por um luzes potentes mas focadas, dando a impressão que todos flutuavam no espaço vazio, tal qual o Sutra menciona. Ficamos pasmos. E éramos os únicos ali... afinal o museu estava fechado e ainda não tínhamos entendido aquilo tudo.<br />
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Visitamos mais algumas salas com adereços e a história do templo e encontramos a rampa de saída (tínhamos descido) e chegamos ao térreo onde três recepcionistas nos aguardavam para fechar o centro de visitantes e ir embora.<br />
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Ainda caminhando para fora estávamos confusos com o que tinha acontecido, uma vez que mais gente tinha entrado no parque conosco e poderia até jurar que tinha gente atrás de nós quando entramos no centro de visitantes. Mas por que só nós descemos para o museu, nunca saberemos.<br />
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Como nos disse o Jean, Uji tem sua magia, só indo lá para ver como ela vai se manifestar para ou em você, afinal estamos na Terra Pura de Amida! <br />
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:-)Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-79560817307051331232013-05-20T18:07:00.001-03:002013-05-21T12:02:56.482-03:00Comidinhas em Nara e a Adorável Uji<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDTHwpzq-yjqN2c8zic_Cz7NdhKETT4_Q18zI1AP_KORmislxFpBPptK3iniPZcC_C_cbNTjGtfXIG6gvJBiatBnwaUFTmAHdAyH3F_ZUxDalE3nvqFkpwGNvObul1_TbWmxZWVCDU5wY/s1600/DSCN1890.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDTHwpzq-yjqN2c8zic_Cz7NdhKETT4_Q18zI1AP_KORmislxFpBPptK3iniPZcC_C_cbNTjGtfXIG6gvJBiatBnwaUFTmAHdAyH3F_ZUxDalE3nvqFkpwGNvObul1_TbWmxZWVCDU5wY/s200/DSCN1890.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Avenida de Entrada do Todaiji</td></tr>
</tbody></table>
Na ida para o Todaiji passamos por uma avenida cheia de restaurantes e lojas, mas uma chama a atenção: uma fábrica artesanal do mochi! Mochi para quem não sabe é um bolinho feito de arroz glutinoso que necessita ser "marretado" durante um bom tempo para ficar bom. Aparece muito na TV quando da Festa das Flores (Hanamatsuri) do bairro da Liberdade em São Paulo, na ocasião que políticos oportunistas aparecem, dão duas socadas na massa e desistem! <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVDDKzVywhqzYQV_Uz12dl9Gto5yDofPqpI3R6sTarn0MuiIwyQj1Ygs1pG-ZGzbD6qjsH4Zxsdg7HriIB3sPGWBUMSLWF1gfMImivY0JaQgJq4KBYmYkWFQvWVug62gtijQ7krXCql1s/s1600/DSCN1838.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVDDKzVywhqzYQV_Uz12dl9Gto5yDofPqpI3R6sTarn0MuiIwyQj1Ygs1pG-ZGzbD6qjsH4Zxsdg7HriIB3sPGWBUMSLWF1gfMImivY0JaQgJq4KBYmYkWFQvWVug62gtijQ7krXCql1s/s200/DSCN1838.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fábrica de mochi em Nara</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
Bem, essa fábrica produz na minha opinião o melhor doce do Japão! Tá bom, tá bom, só experimentei uns poucos por lá, mas já comi muito aqui e aquele mochi era um néctar dos bodhisatvas... misturado com macha (chá verde em pó) e recheio de feijão azuki, ele vem quentinho, mole como como mousse e desmancha na boca com um gosto leve como uma flor de cerejeira. Acho que nunca mais vou comer um mochi aqui no Brasil, pois seria uma ofensa com esse de Nara e não me sinto na posição de contrair tal dívida de sangue!<br />
<br />
As barraquinhas continuam pela rua de entrada do Todaiji tem odores inebriantes. Lulas sendo grelhadas, bolinhos de polvo (takoyaki), brotos de bambú com molho agridoce sendo aquecidos, dorayaki (uma panquequinha com doce de feijão azuki dentro), okonomyaki (panqueca "resto de geladeira") e espetinhos de carne de porco agridoce criam uma atmosfera gastronomica impossível de resistir, mesmo porque com US$10,00 dá para fazer um banquete. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTt6kncxToSOkLmSv6ZhvXbYWzeObLCHyiQNokZVYzw3c_NtAA0mGQe9WYPWyj-ZnwBcvFcQA2bZYN5Ghs2r9yQ2zKbZlqAJswUv_Zrx0Sw9-lXwlMaOh121MreOfhZvesHoBwwY6AXO8/s1600/DSCN1848.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTt6kncxToSOkLmSv6ZhvXbYWzeObLCHyiQNokZVYzw3c_NtAA0mGQe9WYPWyj-ZnwBcvFcQA2bZYN5Ghs2r9yQ2zKbZlqAJswUv_Zrx0Sw9-lXwlMaOh121MreOfhZvesHoBwwY6AXO8/s200/DSCN1848.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jean e Sandro no Parque das "Gazelas"</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<br />
E foi o que fizemos: um piquenique! Compramos várias dessas coisas (alias, todas as acima!) e sentamos na grama para comer e tomar chá, junto com dezenas de outros comensais. Foi divertidíssimo. O parque é limpíssimo, bem como a rua das comidas, NADA no chão e quando digo NADA é NADA na mais profunda concepção. O Japão é limpo... e silencioso... mas isso são dois posts especiais que sairão daqui a pouco.<br />
<br />
E assim nos despedimos de Nara, passando pelo parque dos veados (animais! rs) onde se encontra centenas deles, totalmente domesticados com praticamente nenhuma cerca separando-os do trânsito ou das pessoas. A diversão óbvia é alimentá-los! A criançada pira (e certos adultos também!).<br />
<br />
Voltamos para a estação de trem, passamos no supermercado estrategicamente posicionado embaixo dela, carregamos a mochila com mais umas comidinhas e mais chá e seguimos de volta para Kyoto. Eram quase 17 horas e saibam que o Japão fecha as 17 horas! <br />
<br />
Bem cansados, discutindo onde iríamos jantar, se íamos para o albergue, já dentro do trem, o Jean anuncia: "Gente, conheço uma casa de chá em Uji que por poucos yen podemos participar de uma pequena cerimônia do chá de 30 minutos. Mas não sei que horas fecha, provavelmente as 17 horas." - Descemos em Uji! E corremos para a tal casa de chá, a qual já estava....fechada, óbvio! Mas Uji nos reservava algo a mais do que a casa de chá fechada: o Templo Byodo-in e uma experiência sinistra...<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZDXdZVfHrVRF-zDjRXiqL940O7Jn1xVUCc5r7HooYNmkt2RdAS02aF5P7RvHSL1OfWanLG5_c-WIxEqouVZB3_O0u0YFJc0GK1RID8OviV2MUduu1okDvLHbNnLw7RFyfQObwG8abUQ/s1600/DSCN1897.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZDXdZVfHrVRF-zDjRXiqL940O7Jn1xVUCc5r7HooYNmkt2RdAS02aF5P7RvHSL1OfWanLG5_c-WIxEqouVZB3_O0u0YFJc0GK1RID8OviV2MUduu1okDvLHbNnLw7RFyfQObwG8abUQ/s200/DSCN1897.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rua dos produtores de chá em Uji</td></tr>
</tbody></table>
Mas antes, deixem eu descrever Uji para vocês. <br />
<br />
É uma cidadela que vive da produção artesanal de chá verde então não preciso dizer que TUDO na cidade gira em torno da deliciosa erva. Uma rua inteira de lojas de produtores de chá se estende da entrada da cidade até o Byodo-in, uns 5 quarteirões, lado a lado vendendo suas produções com pouca ou nenhuma industrialização. Sem falar no odor de chá verde torrado (hochi-cha) que se espalha pela cidade e é delicioso. A torrefação é manual e contínua, o que vai te dando uma vontade imensa de tomar litros e litros da bebida. <br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4gTgaNO3a-iJ7ciksz94HgScgDxMrC5QJ6iM-jJzBY4I3fTXzsV8fWh3GVNJ-DG0p7_BAnIfR3ZqEfNfmuultv10dgd0Wgwv1dHCvy0ZOJEdw20LiI2O0k-YOyUurElv30MAUxEc7SrI/s1600/DSCN1898.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4gTgaNO3a-iJ7ciksz94HgScgDxMrC5QJ6iM-jJzBY4I3fTXzsV8fWh3GVNJ-DG0p7_BAnIfR3ZqEfNfmuultv10dgd0Wgwv1dHCvy0ZOJEdw20LiI2O0k-YOyUurElv30MAUxEc7SrI/s200/DSCN1898.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Glicinias</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Outro detalhe da cidade: as glícínias! Em cada casa ou estabelecimento havia um vaso dessa flor linda, pequena mas seus cachos se fazem lindos quando pendentes de seus caules tipo trepadeira. A cidade cheira a chá verde e se cobre de glicínias que para nossa fortuna, estavam no auge de sua floração. Quando saí do Brasil lamentava que havia perdido a "Sakura Zensen", a famosa "frente das cerejeiras" que vão florescendo de Kyushu (sul) a Hokkaido (norte) e que duram poucos dias. Mas Uji nos ofereceu sua glicínias que, sem querer destronar as maravilhosas cerejeiras, não se deixam inferiorizar em beleza, volume e perfume. <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQFmfDUTs4Vuihvm8k36qMA6DCRIID9oRzC7FP8scyLT49FWOSXoQoNgYEZBYolJ-RPQ2uUb1wgRhm3cMhKXqYrtQHCeoqLqct9IzJW7aUl-aozV0LGYmGCIMhXusrgyB6tUd31IUWDWc/s1600/DSCN1899.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQFmfDUTs4Vuihvm8k36qMA6DCRIID9oRzC7FP8scyLT49FWOSXoQoNgYEZBYolJ-RPQ2uUb1wgRhm3cMhKXqYrtQHCeoqLqct9IzJW7aUl-aozV0LGYmGCIMhXusrgyB6tUd31IUWDWc/s200/DSCN1899.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mais glicínias</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Uji é uma cidade e tanto. Digo que moraria nesta cidadezinha com a maior tranquilidade. ah! esqueci de dizer que ela é cortada por um rio muito charmoso, com uma calçada que o ladeia, cheio de restaurantes e estabelecimentos. Um charme, sem dúvida.<br />
<br />
Também, em homenagem a Reva Sayuri Tyô-Jun e ao Rev. Ricardo Mário, cito que Uji é a cidade natal da primeira novelista do mundo, "Murasaki Shikibu. Autora de Tales of Genji (Genji Monogatari escrito por volta do ano 1000.O primeiro romance épico do mundo. Era uma dama da corte, nessa época poucas tinham acesso ao estudo." (texto da Reva. Sayuri Tyô-Jun.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTUQV4IUjpJBz_aV79Nx6gu5rhvS1jSf6t6KcBIUNDg0hW4Q_R-Hu1J1Are6pklEbaawrxHfQdLksXV6DcQVD4ud1mtao-DGAlN9c6M39YV2ARKwLO6lDyBk-uc2_VEfnR5c3BB6VQ5bs/s1600/DSCN1896.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTUQV4IUjpJBz_aV79Nx6gu5rhvS1jSf6t6KcBIUNDg0hW4Q_R-Hu1J1Are6pklEbaawrxHfQdLksXV6DcQVD4ud1mtao-DGAlN9c6M39YV2ARKwLO6lDyBk-uc2_VEfnR5c3BB6VQ5bs/s200/DSCN1896.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Túmulo de Murasaki Shikibu a beira do rio</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A pequena e singela Uji com seu rio, suas glicínias, seu odor adorável de chá torrado, seu rio calmo é uma das cidades mais aconchegantes que já visitei em todo o mundo. Uma cidade charmosa que me deixou saudades... gostaria de me hospedar lá, ler o Genji Monogatari sentado a beira do rio, bebendo um hochi-cha quente, numa tarde de outono, com um cobertor sobre as pernas, um cachecol em volta do pescoço, vendo as folhas de bordo mudarem de cor, do verde para o vermelho e, então, para o amarelo antes de caírem ao chão...ai ai...<br />
<br />
Bom.... mas tem o Byodo-in...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTt6kncxToSOkLmSv6ZhvXbYWzeObLCHyiQNokZVYzw3c_NtAA0mGQe9WYPWyj-ZnwBcvFcQA2bZYN5Ghs2r9yQ2zKbZlqAJswUv_Zrx0Sw9-lXwlMaOh121MreOfhZvesHoBwwY6AXO8/s1600/DSCN1848.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<br />
<br />Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-80630404618045404222013-05-15T15:22:00.000-03:002013-05-15T16:52:55.294-03:00Ainda em NaraPassada a emoção dos guardiões atravessamos um pátio imenso onde se via ao fundo um prédio de pelo menos 13 andares de altura. Olhando para ele fiquei imaginando que o Daibutsu (Grande Buddha) deveria ser assustadoramente "dai" mesmo!<br />
<br />
Ainda do lado de fora pode-se apreciar a obra-prima de 1200 anos <i>(Nota do Rev. Ricardo Mario: .O Todaiji que vemos hoje não é a construção original. que foi incendiada em 1180. Uma primeira reconstrução foi destruída por um segundo incêndio em 1567. A construção que temos hoje data dos fins do século XVII (Era Genroku).)</i>, totalmente em madeira e sem nenhum prego ou parafuso para sustentar tudo aquilo. Toneladas e toneladas de madeira encaixada como um invólucro eterno para um templo atemporal. <br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKUw_cFGEgvgv974LHdEB5MO45UCFUTRlTrDYWuu0GHCKKaIQPEE1jeLg5KO_QqLxFr4RaSQuNJKBVsNy1NtCWRPZ7rWHzpzC0loBjmr1feIbnUfTer6ajFkY3VD3tb39czylPvhsOzxY/s1600/DSCN1855.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKUw_cFGEgvgv974LHdEB5MO45UCFUTRlTrDYWuu0GHCKKaIQPEE1jeLg5KO_QqLxFr4RaSQuNJKBVsNy1NtCWRPZ7rWHzpzC0loBjmr1feIbnUfTer6ajFkY3VD3tb39czylPvhsOzxY/s320/DSCN1855.JPG" title="Todaiji" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Todaiji</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRwCGLYqWlAA5wUy_S33u2sJIoiwwCBdkmtGBVXu-0MhmlfgOTWiufnI3YxOA8QpcU3ePcJ7Buj4IbeQGPTZEDM7WbxJKD0Oxl0v2OnSAqt2tFvd3BD2JoPPqlq479b31QLpRzdXHo3Jc/s1600/DSCN1860.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRwCGLYqWlAA5wUy_S33u2sJIoiwwCBdkmtGBVXu-0MhmlfgOTWiufnI3YxOA8QpcU3ePcJ7Buj4IbeQGPTZEDM7WbxJKD0Oxl0v2OnSAqt2tFvd3BD2JoPPqlq479b31QLpRzdXHo3Jc/s320/DSCN1860.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Porta de Entrada do Todaiji</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
Sobe-se poucos degraus e então... ele surge... mais de 10 metros de altura, grandioso, ornado por bodhisatvas e apsaras, olhar sereno, sólido e imóvel como uma montanha... Buddha Vairocana, está literalmente ali, projetando sua sombra compassiva sobre humanos boquiabertos e extasiados.<i>(Nota do Rev. Ricardo Mario: O Grande Buda é o Buda Vairocana descrito no Sutra Kegon (Avatamsaka Sutra). O Todaiji é o Honzan da Escola Kegon, cuja doutrina é fundamentada nesse Sutra.)</i><br />
<br />
Dizer que é uma obra impressionante seria pouco e confesso que ainda não consigo achar palavras para descrever aquilo. Eu fiquei minutos infindáveis apenas apreciando o rosto sereno daquela avatar gigantesco. Juro que não sabia o que fazer. Para muitos ali, era apenas uma estátua mas para mim, o Buddha estava ali.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1YCBHkRPM6MnOjV1t0alMnt2eb37mMnHCQMI0DN19qe2oVd2c83wCWMcGSpYk69zQaES0HzlBxbpOYCbTJCiZRT4IQoUHx6VaQJNT4b_YPjU5U5jB6v4QXqFfWZ7KEd2QSvPwgN0gH7A/s1600/DSCN1889.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1YCBHkRPM6MnOjV1t0alMnt2eb37mMnHCQMI0DN19qe2oVd2c83wCWMcGSpYk69zQaES0HzlBxbpOYCbTJCiZRT4IQoUHx6VaQJNT4b_YPjU5U5jB6v4QXqFfWZ7KEd2QSvPwgN0gH7A/s320/DSCN1889.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maha Vairocana</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Mas a coisa não se encerrava ali... olhei para o lado direito e havia com 3/4 do tamanho, uma estátua de Niorin Kannon, dourada, linda. Irradiando compaixão e serenidade e do outro lado, outra estátua de mesmas proporções do Bodhisatva Kokuzo. E ainda, um de cada lado deles, mais dois protetores: Tamonten, a direita e Komokuten a esquerda. Gigantescos também, nem preciso comentar. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDw5vNHm-pFi9FmlKn3KC8kM5WiLkaHA6HX0yS90keS4C3TZOli-Esan4Qp_j2wv_oYWxtGFtIPMB8_5nA8Kw7pmMOKwqKYizVXSdyQuVQM02P_TdIpVigV9CyyjZjyOmNUmM-TbBTEw/s1600/DSCN1871.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfDw5vNHm-pFi9FmlKn3KC8kM5WiLkaHA6HX0yS90keS4C3TZOli-Esan4Qp_j2wv_oYWxtGFtIPMB8_5nA8Kw7pmMOKwqKYizVXSdyQuVQM02P_TdIpVigV9CyyjZjyOmNUmM-TbBTEw/s200/DSCN1871.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kokuzo Bosatsu</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixmIW-iDcHXxunPzr83K3_zQ8NL7rlZwie9pFFL0gRavclvugmKnO7FHH0XLv0nUH9ZlHzWNvueCNhiT7ypjOnE4aEnM-uNkAjM_39gNBIQGFbQHXxNKKBRdoYqIH0cO3ZpYXbavx_nfI/s1600/DSCN1883.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixmIW-iDcHXxunPzr83K3_zQ8NL7rlZwie9pFFL0gRavclvugmKnO7FHH0XLv0nUH9ZlHzWNvueCNhiT7ypjOnE4aEnM-uNkAjM_39gNBIQGFbQHXxNKKBRdoYqIH0cO3ZpYXbavx_nfI/s200/DSCN1883.JPG" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Niorin Kannon</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVmjP7KYIr1lxqy435N49Z1HFiyF3BEsMRn4mhwReAUSOqYgx7eCqJ7JbwrYWAQpe-Ypr0jCWnJhSuZ5ytPEQoCAfHKx6q6YmhPnUYvjetUIvrnSi3GLqJyFzc1VXLAx5Yrp7l-KjpN90/s1600/DSCN1880.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVmjP7KYIr1lxqy435N49Z1HFiyF3BEsMRn4mhwReAUSOqYgx7eCqJ7JbwrYWAQpe-Ypr0jCWnJhSuZ5ytPEQoCAfHKx6q6YmhPnUYvjetUIvrnSi3GLqJyFzc1VXLAx5Yrp7l-KjpN90/s320/DSCN1880.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tamonten</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A curisiosidade do local, fica por conta de uma das colunas de madeira do templo que possui uma fenda por onde se consegue passar uma pessoa (magra, diga-se de passagem) e existe uma superstição que quem consegue passar, será abençoado. Nem me atrevi a passar, mesmo porque a fila era grande.</div>
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Eu já não sabia mais para onde olhar, meu queixo já estava raspando no chão e a emoção já brotava em forma de lágrimas por ter a oportunidade de ver e comtemplar tamanha beleza e intrinseca arte. Mas de repente me dei conta de uma coisa... estava em um país primariamente budista, com uma boa dose de influencia animista do Xintoísmo, mas olhei em volta e vi que as pessoas, olhavam, tiravam fotos, mas não admiravam aquilo, não vi empolgação. Vi uma fila imensa para se passar pelo buraco da coluna, vi um monte de gente se "banhando" com a fumaça dos incensos acesos (como se servisse para alguma coisa), mas não vi uma pessoa fazendo um "gassho" ou uma pequena reverência, diante daquelas estátuas, como faríamos com a pequenina (minuscula, em comparação, eu diria) que temos em casa em nossos altares. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-oZ8nvl8R93gf0yBHtLpQdzDGxIWkoyRJo7qxHjEKGBxZDQt-VBuv1xEM1jvpcO9qx9U3CUfCINn0aeFSr6viGGCjIfkyNEbYqkuuH9OxfhzctV9dXUXU0BN9ypQVmuZ01X8d73wYw1c/s1600/DSCN1875.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-oZ8nvl8R93gf0yBHtLpQdzDGxIWkoyRJo7qxHjEKGBxZDQt-VBuv1xEM1jvpcO9qx9U3CUfCINn0aeFSr6viGGCjIfkyNEbYqkuuH9OxfhzctV9dXUXU0BN9ypQVmuZ01X8d73wYw1c/s320/DSCN1875.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Komokuten</td></tr>
</tbody></table>
Confesso que fiquei decepcionado com tais atitudes, pois mesmo não sendo católico fico impressionado com a monumentalidade de um Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou com uma Capela Cistina em Roma, mas ali, a maioria era budista. Vamos falar um pouco mais sobre isso, alguns posts para frente...<br />
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Nara ainda não acabou!!! Temos mais umas coisas para contar....Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-91609263058058264432013-05-12T23:41:00.004-03:002013-05-12T23:52:50.083-03:00Nara, Todaiji e alguns protetoresAcordamos cedo. O Todaiji em Nara nos esperava. Tendo um Buddha de 10 andares lá dentro e sendo um prédio que está lá há 1200 anos, sem dúvida um local a ser visitado.<br />
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Acordamos as 4 horas da manhã mas não por empenho, mas por fuso horário mesmo! Pegamos o trem lá pelas 7:30hs e pouco mais de meia hora depois chegamos na pequena Nara e após uma pequena parada no supermercado para comprarmos chá verde gelado e ficar perplexo diante de tanta opção, saímos caminhando alguns poucos quarteirões.<br />
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Subimos por uma avenida junto com muitos turistas e paramos em alguns antiquários para apreciarmos artigos budistas. Reforço: apreciarmos, comprar, impossível! Falarei mais para frente sobre o "handcraft" japonês.<br />
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A rua até que estreita na qual se chega ao templo tem lojas de um lado e barracas de comida do outro e ambos os lados estavam bombando desde cedo. O odor agradável de lula e polvos sendo grelhados, junto com broto de bambu e takoyaki (pequenos bolinhos de polvo) era inebriante mesmo na manhã tão cedo.<br />
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Mais alguns passos e então o gigante aparece. Altivo, sólido como um monolito de aço forjado por avatares, estava o portal do Todaiji. Meu amigo, Jean Jacques sabia o que iria acontecer a seguir, mas não me disse nada. Ele sabia do meu encanto para com os "dharmapalas", os protetores do Dharma, que dentre outras funções, protegem os templos e seus ensinamentos. E, lhes digo, no Japão, os "niô" são levados a sério, sendo literalmente o maior exemplo, o portal de entrada do Todaiji!<br />
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Quando ía passando pelo portal, olhei para o lado direito e me deparo com uma estátua de um niô, o Ungyo, com pelo menos 8 metros de altura. Seus musculos todos retesados, mãos aberta prontas para agarrar o adversário e uma clava na mão esquerda. Toda a estátua tinha movimento, suas vestes, seu cabelo em rabo-de-cavalo, menos seu corpo. Nada no universo poderia mover-lo. Parei, boquiaberto, arrepiado, vislumbrado. Literalmente olhei aquela estátua do fio de cabelo a unha do pé e a única vontade que tinha era ficar ali para sempre, contemplando aquela maravilha. Então, me lembrei de Suzuki Shosan, o qual conheci pelo trabalho do meu irmão no Dharma, Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves. Shosan um samurai que se tornou monge, usava as poses dos nyo como inspiração para meditação. Nessa hora, o Jean me toca o ombro e diz: "Vira para trás!". Foi aí que me dei conta que eu tinha virado somente para o lado direito e um frio me correu a espinha quando lembrei que Ungyo sempre tinha um aliado... Agyo! E me virei lentamente, antevendo o que me esperava. Se de frente a mim estava Ungyo, oposto a ele estava seu companheiro... clava levantada e apoiada no ombro direito, mão esquerda aberta como se parasse o adversário e boca aberta como se gritasse para que o planeta inteiro ouvisse, um grito surdo, mas imóvel, sólido, plantado, como se pudesse dessa forma agarrar e parar o planeta inteiro.<br />
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Não me contive. Fiz uma reverência profunda a ambos e olhei-os nos olhos para sentir aquela energia marcial que ambos passavam. Aí entendi porque eram guardiões, não pela força ou pelas armas, mas pelo olhar... o olhar de um niô é assustador, mas ao mesmo tempo acolhedor, pois quem se assusta é o despreparado, o fútil, o que chega sem propósito. Mas aquele que chega seguro, de coração puro e aberto, os niô abrem as portas e lhe protege.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5nnELRflJqS7zVWFx5QA9jKOcn9Jge-UtCD8sbYKVNsCWV-NtyYZRcEdZ8QCXs4Ei5ZF_KyqnFJApVWXoUyzLCXUCx3U3G8SIA_Ga6Ow9XngQhBz21GLg9q08Wg_qRPsfk7HFewBIt9o/s1600/DSCN1852.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5nnELRflJqS7zVWFx5QA9jKOcn9Jge-UtCD8sbYKVNsCWV-NtyYZRcEdZ8QCXs4Ei5ZF_KyqnFJApVWXoUyzLCXUCx3U3G8SIA_Ga6Ow9XngQhBz21GLg9q08Wg_qRPsfk7HFewBIt9o/s320/DSCN1852.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ungyo</td></tr>
</tbody></table>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaa6aAevZp5cJAJwMVmIxPcq96yizpcFD62Z1VmtAArv59m_YrzzTS-knwE4wOD1-rmDc5vn2EnOEfb7NCx0W8b6uqMe5jlmtmgK1U30sdLFzmHGn2Ksc8LSe7NTeT0Oaj33BlumMxCp4/s1600/DSCN1853.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaa6aAevZp5cJAJwMVmIxPcq96yizpcFD62Z1VmtAArv59m_YrzzTS-knwE4wOD1-rmDc5vn2EnOEfb7NCx0W8b6uqMe5jlmtmgK1U30sdLFzmHGn2Ksc8LSe7NTeT0Oaj33BlumMxCp4/s320/DSCN1853.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Agyo</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
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Tem mais Todaiji... aguentem aí... <br />
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Para saber mais sobre niô: http://www.onmarkproductions.com/html/nio.shtmlMauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-3090348227486665212013-05-11T07:40:00.002-03:002013-05-11T07:40:58.557-03:00Albergue e HashiChegamos no albergue em Kyoto lá pelas 21 horas. Literalmente jogamos as malas no quarto e saímos para comer. Era uma sexta-feira mas ao contrário do que se esperaria a cidade estava tranquila. Era o final da "golden week" que é uma espécie de "semana do saco-cheio nacional" no Japão. Todos os escritórios param e todo mundo viaja a turismo ou para visitar parentes distantes. Kyoto como é uma das cidades mais importantes do país, se esvaziou.<br /><br />Estávamos ao lado do Nishiki Market que é uma mistura de 25 de março com mercado municipal mas mais organizado que qualquer coisa que vc ache que é organizado. Lojas de todos os tipos, desde artigos budistas, roupas fashion, lojas de chá, comidas de todos os tipos, até uma loja especializada em "hashi" (é... aqueles palitinhos de comer). Quando digo especializada, significa ES-PE-CI-A-LI-ZA-DA e no Japão isso não é brincadeira. Os caras medem o tamanho da sua mão, do seu braço, seu "estilo" de pegada nos distintos e pasmem... fazem um hashi sob medida para você! A bricadeira não sai por menos de US$100,00 mas você terá um par de palitinhos para comer por um bom tempo e ainda acondicionados em uma caixa que é mais bonita que os próprios. <br /><br />Bom, minha primeira experiência culinária no Japão foi um delicioso domburi (base de arroz com carne e legumes cozidos por cima). Não sei se o lugar era bom, se um japonês aprovaria ou minha fome de mais de 14 horas sem comer nada além de comida de avião falou mais alto, mas estava muito bom!<br /><br />Vale dizer que caminhando pelo mercado já havia me deparado com uns 5 ou 6 templos budistas e xintoistas... asssim, no meio do mercado, ao lado da lojas. Mas vou falar sobre isso mais tarde.<br /><br />Lembrando que era dia 3 ainda a noite. Dias 4 e 5 tínhamos livre, antes dos compromissos do tokudo a partir do dia 6 e do congresso mundial no dia 8. <br /><br />Fomos dormir, a meia-noite, para as 4 da manhã, estamos todos acordados conversando novamente.... maldito fuso-horario.Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-39398251144265636342013-05-11T07:33:00.002-03:002013-05-11T07:33:31.197-03:00Chegando no JapãoEsse é o primeiro texto que escrevo sobre minha viagem ao Japão e minha cerimônia de tokudo. Espero através deste e de outros posts, apresentar um pouco da minha visão budista sobre nossa escola e também sobre o modo de vida japonês, um tanto quanto distinto do nosso. <br /><br />Sendo a primeira vez que ía a Ásia, uma grande ansiedade tomou conta de mim, ainda também pela organização da viagem que começou em novembro de 2012 para se realizar agora em maio de 2013. A escolha da passagem já foi um jogo logistico, pois tinha algumas premissas: 1) queria usar milhagem em todo ou boa parte do percurso; 2) queria chegar em Kansai (Osaka) que fica a 1 hora de trem de Kyoto e não em Tokyo que fica há 3,5 horas de shinkansen (trem de alta velocidade), pois havia um bom componente de custo (o shinkansen ida de volta Tokyo/Kyoto pode custar mais de US$400,00!). <br /><br />Sendo assim, fechei a "perna" (leg) EUA/Japão primeiro com milhagem - um "maravilhoso" vôo LAX (Los Angeles) - HNL (Honolulu) - KIX (Kansai). com as esperas seria 16 horas de vôo! E comprei a leg Brasil-EUA, GRU (SP) - DFW (Dallas) - LAX - mais 15 horas. Ou seja, minha epopéia levou 31 horas, com direito a um pernoite em LAX. Bom, tudo estava valendo (exceto pelo aeroporto de HNL que parece uma rodoviária!). Saí dia 30/4 a noite de SP e cheguei em KIX as 18:30 do dia 03/5. <br /><br />E lá, na porta de saída da alfândega, vindos de Tokyo, me esperavam Jean-Jacques Algieri e Sandro Fernandes, uma vez que o primeiro receberia seu tokudo junto comigo.<br /><br />Finalmente tinha chegado! Ver tudo escrito em ideogramas, aquela língua que estou tão acostumado a ouvir, embora não fale, luzes, modernidade..... de repente, passa um casal em roupas tradicionais, os dois trajando belos kimonos, ela com um cinza claro adornado por cerejeiras e ele com um cinza escuro, elegantes, rementendo a um passado glorioso... ou a um presente que ainda preserva suas tradições. Cheguei ao Japão.<br /><br />Pegamos o trem para Kyoto pondo as fofocas e expectativas em dia no percurso de pouco mais de uma hora. Em dado momento, entra um rapaz sorridente vindo do outro vagão, uniformizado impecavelmente com um traje azul, botões dourados e quepe. Reitira o quepe e o acomoda solenemente debaixo do braço direito e com um "boa noite" suave e um pedido de desculpas ou licença, ou os dois, anuncia sua presença para conferir os bilhetes. Assim o faz com elegância educação e sempre sorrindo. Confere cada um com meno de 1 segundo para cada passageiro. Acabando o vagão, se coloca diante da porta de saída para o próximo, se vira, faz uma reverencia e agradece várias vezes por termos escolhido a sua empresa (JR Rail) para viajar, recoloca o quepe (que durante toda a conferencia ficou debaixo de seu braço em sinal de respeito). Vira-se e sai. <br /><br />Tinha realmente chegado ao JAPÃO!Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-33541184026094760862013-03-13T01:52:00.001-03:002013-03-13T01:52:37.250-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPWNr0KzDtxra-bdV_H4pSx42HPhxfdJYgEQTdbvkfDBgfEJ_mQoJH8dWitV8AOAKlPpY_U-tz30G2Y11h19H4VtO8EP5tLI588yGozKQVcFbRNwWcHOz7HGhM2fuvAeEsL6kPPUXTriM/s1600/palestra-MG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPWNr0KzDtxra-bdV_H4pSx42HPhxfdJYgEQTdbvkfDBgfEJ_mQoJH8dWitV8AOAKlPpY_U-tz30G2Y11h19H4VtO8EP5tLI588yGozKQVcFbRNwWcHOz7HGhM2fuvAeEsL6kPPUXTriM/s320/palestra-MG.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-69642399736607128512013-02-18T21:52:00.000-03:002013-02-18T21:52:40.324-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-81_w2TczRDY/USLMh33acGI/AAAAAAAAEtI/HMjW59jMdDk/s1600/cursos-basico-shin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="http://2.bp.blogspot.com/-81_w2TczRDY/USLMh33acGI/AAAAAAAAEtI/HMjW59jMdDk/s640/cursos-basico-shin.jpg" width="640" /></a></div>
<br />Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-73018626993852238412012-12-04T17:44:00.000-02:002012-12-04T17:50:43.125-02:00Como identificar um culto budista nocivoPor Upasaka HL Wai, O Canal budista, 02 de julho de 2007<br />
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Kuala Lumpur, Malásia - Como qualquer grande religião no mundo, o Budismo também tem seu quinhão de cultos nocivos. Não importa se o líder é chamado de Guru, Rinpoche, Sifu ou Bhante, desde que haja tendência de usar e abusar do Dharma para ganho pessoal, como obter seguidores com intuito de alimentar o ego do líder ou sua excentricidade, cultistas sempre irão existir. Cultos também irão prosperar enquanto houver seguidores que se deixam ser enganados, estejam eles cientes disso ou não.<br />
<br />
Um culto¹ é definido pelo Dicionário Livre como, (1) uma religião ou seita religiosa geralmente considerada extremista ou falsa, onde seus seguidores muitas vezes vivem de uma forma não convencional, sob a orientação de um líder autoritário e carismático, (2) Método ou sistema, geralmente não científicos, cujo criador diz que o mesmo possui poder exclusivo ou excepcional para curar uma determinada doença e (3) Obsessão, especialmente se estiver na moda, devoção ou veneração por uma pessoa, príncipio ou coisa.<br />
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Aqui estão alguns sinais-chave para se identificar cultistas (dentre eles sectários):<br />
<h3>
<b>O líder está sempre certo</b></h3>
Liderança carismática é fortemente demonstrada em uma situação de culto. A máxima é de que "o líder tem sempre razão". Muito frequentemente, a sua "santidade" é auto-ungido e vários títulos honoríficos são produzidos sem qualquer evidência clara de certificação. Quando questionado em particular sobre a sua ordenação, especificamente sobre onde, como e quando ocorreu, as suas respostas são normalmente evasivas, ou na melhor das hipóteses uma lista desconexa de significados obscuros (como "uma linhagem de nenhuma escola").<br />
<br />
O líder afirmará ter conhecimento supremo em determinadas áreas de informação (vinaya, suttas ou liturgia), e pode se utilizar de alguns versículos para justificar seus pensamentos e ações. Com essa mentalidade, ele sente possuir autoridade divina para instruir as pessoas como devem viver e se comportar (como diz o ditado, em terra de cego, quem tem um olho é rei).<br />
<h3>
<b>Não há questionamentos</b></h3>
Seguidores do culto costumam citar seus líderes sem nunca questioná-los. Questionar o líder de uma seita pode resultar em sanção ou abandono por parte dos outros membros e do líder. Até mesmo o "Kalama Sutta" pode ser distorcido para se encaixar na interpretação. Um dos versos favoritos é a aplicação seletiva que somente "... quando vós mesmos souberes:" Essas coisas (ações) são boas, essas coisas não são condenáveis; essas coisas são elogiadas pelos sábios; realizadas e observadas, estas coisas levam ao beneficio e à felicidade ", entre e permaneça nelas."<br />
<br />
<div>
O problema com isto é que é frequentemente dito aos seguidores que eles são "aprendizes do Dharma", que, devido à sua "ignorância", eles precisam praticar mais diligentemente antes que possam decidir por si mesmos. Como tal, é imperativo formar a "amizade espiritual", Kalyana Mitra: a ligação especial entre "professor e aprendiz". Infelizmente, os cultistas tendem a explorar essa relação para seus próprios fins, o que leva eventualmente à perpetuação de um sistema parasitário ou à dependência contínua. Isso é a antítese dos relacionamentos simbióticos que existem entre a Sangha e os leigos que são estabelecidos em escolas regulares.<br />
<br />
Seguidores do culto exibem um zelo inquestionável pelo seu líder e se recusam a aceitar que seu líder esteja errado. Nos casos mais extremos os cultistas podem recorrer à violência para proteger seu professor.<br />
<h3>
<b>O mundo inteiro está contra nós</b></h3>
Críticas públicas e reprimendas por aqueles que são vistos como mais experientes ou populares, geralmente fazem com que o líder assuma a posição de oprimido. Seguidores são constantemente lembrados de que estão sendo intimidados por mãos invisíveis, por pessoas com autoridade e por aqueles que tem inveja de suas formas pouco ortodoxas. A única maneira que eles tem de combater essas forças é a união.</div>
<div>
<h3>
<b>Ninguém mais está certo</b></h3>
Os líderes da seita acreditam que detêm o monopólio da verdade em seu método de transmitir os ensinamentos e no caminho da prática. Qualquer pessoa que queira participar ou visitar um outro centro ou grupo de Dharma é evitado pelo restante da congregação e considerado um traidor. Houve um caso, na Malásia, onde um professor de culto grosseiramente abusou do Pannatti Puggala (o livro de classificação dos quatro tipos de indivíduos) para estigmatizar aqueles que não seguem os rituais prescritos e os modos de comportamento como "padaparama" - indivíduos que não podem obter a libertação de males mundanos durante este tempo de vida, embora ele ou ela se enpenhem com todo seu esforço na prática do Dhamma. Para piorar a situação,tudo que se precisa fazer para conseguir a liberação é seguir rigorosamente os métodos prescritos e seguir as instruções do professor.<br />
<h3>
<b>Exploração financeira</b></h3>
Cultos geralmente estão preocupados em angariar dinheiro, seja para a caridade ou para construir seu centro. Um de seus métodos favoritos é enfatizar os ensinamentos do "não-eu", "ausência de ego", "ganância" e "vazio" e, em seguida, relaciona-los com a idéia de que a riqueza pessoal tem menos "mérito" em comparação com a partilha com a comunidade para difundir o Dharma. Grupos de culto ensinam que se sacrificar para o bem maior de organização é muito melhor do que colocar o seu dinheiro em outro lugar.<br />
<h3>
<b>Usando medo e intimidação</b></h3>
Religiões de culto dependem da intimidação, privada e pública, para manter seus membros na linha. Particularmente no budismo, onde a ênfase do treinamento da mente através da meditação é integral à prática, indivíduos fracos ou aqueles que estão enfrentando problemas pessoais são especialmente suscetíveis a esse tratamento. Através de seu carisma, os líderes da seita são adeptos a "empatizar" com aqueles que enfrentam problemas pessoais.<br />
<br />
Quando o líder se irrita e usa palavras ásperas, explica-se logo que é apenas uma expressão de "amor e compaixão". Alguns justificam este comportamento rotulando a resposta agressiva como "amizade feroz". E quando o membro alvo também está sujeito à pressão de seus pares para "modificar o seu comportamento", a intimidação se torna completa. Isto é o objeto de estudo da "Psicologia das massas"<br />
<br />
Como resultado, os membros do culto continuamente enfrentam batalhas intragrupais para manter o seu status devido ao seu desejo de aceitação e pelo fato de que o mesmo pode mudar dependendo do que está acontecendo em sua vida². Desta forma, os líderes religiosos da seita são capazes de manter um fluxo constante de membros obrigados e vinculados à sua organização.<br />
<h3>
Lavagem cerebral</h3>
Quase todos os cultos budistas nocivos usam alguma técnica de alteração da mente, como a meditação, o medo do professor, o medo de "karma ruim" e a manipulação emocional para fazer lavagem cerebral nos membros da congregação e obriga-los a ficar.<br />
<br />
Tais líderes também são adeptos do uso da culpa, muitas vezes jogando com a mente de pessoas confusas, dando-lhes aconselhamento pessoal sobre "observações de formações mentais", após uma sessão de meditação sentada.<br />
<br />
Ao invez de levar o aluno a fortalecer sua determinação pessoal para que possa enfrentar seus demônios internos, o cultista vai preferir cultivar idéias de libertação por meio do apoio da comunidade, perpetuando a dependência do aluno em forças externas.<br />
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______________________________<br />
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1 - O uso da palavra culto na língua inglesa é diferente do uso na lingua portuguesa. Daí a tradução de cult para culto nocivo, já que no inglês a palavra culto tem uma conotação negativa quase que aprioristicamente. Neste texto, compreende a palavra culto, como algo nocivo caso não seja especificado.<br />
<br />
2 - Esta parte do texto foi alterada em relação ao original para ficar mais condizente com as teorias de psicologia social e comportamentos de grupo. Esta parte do texto no orginal não faz sentido e não condiz com os conceitos de psicologia a qual se refere ao longo do texto.<br />
<br />
(traduzido do Original: <a href="http://tinyurl.com/9b8rldx">http://tinyurl.com/9b8rldx</a>)</div>
Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-38511813933691842722012-11-29T15:33:00.002-02:002012-11-29T15:33:42.248-02:00Budismo e Futebol?http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2012/11/budistas-torcem-e-dao-dicas-ao-timao-no-japao-sem-estrelismo.htmlMauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-2657942858997467942012-11-05T13:47:00.001-02:002012-11-05T13:47:53.405-02:00Ventos da Impermanência 2Neste último dia de finados foi o 13o aniversário de morte de meu avô, um grande cara, um grande amigo, que sempre me incentivou e se orgulhava de todas as minas conquistas. Sarcástico, mas muito engraçado, se interessava por ciência, cotidiano, voleibol na TV, jogos do Palestra, vinho e uma cachacinha de vez em quando. Até hoje sinto grande saudade dele! Contudo, nesta data se comemorou 13 anos que concebemos nossa segunda filha, sim isso mesmo, na noite que ele morreu a mais de 400km de onde estávamos e sem sabermos ainda das notícias, nossa filha era concebida. Uma troca. Uma vida acabara de ir-se e outra voltava, realizando assim o grande ciclo da vida no Samsara. Claro que como budista cheguei a pensar que talvez meu avô tivesse voltado nela, mas o karma prega muitas peças em nós e qualquer garantia disso é nula. Hoje em dia vejo que minha filha tem mais chance de ter sido alguma pessoa oriental na outra vida do que meu avô, com certeza. Apesar que o sarcasmo e as tiradas hilárias são as mesmas!<br />
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Mas nestes último dia de finados, os ventos da impermanência sopraram na família novamente: uma priminha de pouca idade, 2 anos, faleceu no interior. Ela e a irmã mais velha de 5 adquiriram uma bactéria desconhecida, a mais velha venceu mas a mais nova não resistiu a batalha pela vida. </div>
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Minha mãe me liga desesperada, aos prantos, pois embora o contato com os primos fosse muito distante, ela se sentiu tocada pelo fato, pois ela havia perdido um irmão de 2 anos na sua frente, quando ela tinha os mesmos 4 anos, em um acidente com uma floreira que virou por cima da criança. Parece que todo esse passado voltou a tona na mente dela que me ligou em busca de conforto, se é que há algum em uma hora dessas, queria saber como o Budismo via isso. Detalhe interessante, ela frequenta a catedral anglicana.<br />
<br />
A grande questão da minha mãe era que meu tio de 90 anos há 2 semanas caiu, quebrou um fêmur, colocou uma protese e está em casa. Minha prima, 2 anos, contraiu uma doença e morreu. Afinal que justiça é essa que mantém vivo alguém que já teve a vida feita e ceifa os primeiros anos de um criança?</div>
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Comecei dizendo a ela que sob a ótica budista aquela pessoa "estava" criança mas que já tinha sido um adulto em uma outra vida. Ficamos chocados com o que acontece com um ser indefeso mas nos esquecemos que esse ser já foi criado, adulto, viveu, talvez tenha casado, com família ou não, tivesse sido um deliquente, um marginal ou um sacerdote, não importa. Não importa o que tenhamos sido, o que importa é que agimos, fizemos muitas coisas na vida e vamos colher as consequências delas por anos a fio. Algumas vem em questão de minutos ou horas, outras em algumas vidas. Nunca saberemos.<br />
<br />
Tudo o que fazemos cria nossos alicerces para nossos próximos dias ou horas ou anos ou vidas e esses alicerces podem ser firmes e nos conduza por muitos anos como seres humanos ou podem ser frágeis. Mas não há culpa, apenas constatação. Uma criança não tem culpa, ela só colheu os frutos de uma vida passada. Um velho de tantos anos também não tem culpa pois também colhe o que foi plantado e neste caso, falamos de uma pessoa que também enterrou um filho suicida, que também sofreu a dor dilacerante de ver a ordem natural da vida se inverter e ter que ver um filho partir.</div>
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Mas nisso há um lado positivo, pois o fruto do karma quando se manifesta se extingue, então nos livramos desse peso e vamos com pelo menos um "problema" a menos para nossa próxima existência.</div>
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Dificilmente um ensinamento vai diminuir a dor de perder um filho. Deve ser algo que nos dá vontade de arrancar as vísceras de tão desesperador. Mas podemos pelo menos tentar compreender e aos poucos quando a vida retoma as rédeas, vamos lapidando esse sentimento.</div>
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Namu Amida Butsu!</div>
Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-67535592204940613012012-10-15T13:05:00.002-03:002012-10-15T13:05:30.609-03:00Ventos da impermanência sempre implacáveis<br />
A impermanência é algo implacável sem duvida... uma amiga e colega de trabalho na Africa do Sul com quem conversei pelo FB messenger na quinta-feira, estava feliz e radiante pela sua promoção, me contou toda alegre seus novos planos e a nova carreira. 24 horas de pois seu carro colide de frente com um caminhão, matando-a na hora. Realmente, acordamos saudáveis em um dia e a tarde podemos ser nada mais do que um punhado de cinzas brancas. Reflitamos sobre a impermanencia da vida e como devemos viver o presente, o minuto presente, como se fosse o último. Ganancia, soberba, posses? do que serve se o nosso único juiz e algoz é a nosso próprio karma?<br />
<br />
Reverenciemos sempre.... Namu Amida Butsu!<br />
Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-70815431021396202912012-10-06T21:13:00.001-03:002012-10-06T21:13:49.250-03:00Ataques aos Budistas de Bangladesh<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">O Colegiado Budista Brasileiro, entidade que congrega as principais lideranças budistas brasileiras, vem a público lamentar profundamente e repudiar veementemente a agressão violenta sofrida pela minoria budista do Bangladesh por parte de militantes extremistas islâmicos, da qual resultou a destruição pelo fogo de vários templos com seus objetos de culto e símbolos sagrados. Os budistas não respondem ódio com ódio e violência com violência, eles se limitam a lamentar compassivamente os atos insanos nascidos da ignorância e do egoísmo do ser humano e a lembrar as sábias palavras do imperador budista indiano Açoka, que proclamava que perseguir e agredir a religião alheia acarreta danos para nossa própria religião.</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />Com efeito, não é através dessas atitudes violentas geradas por uma minoria de extremistas que a religião muçulmana há de angariar o respeito e a consideração a que faz jus por parte da comunidade internacional, assim pedimos que os muçulmanos de bem repudiem publicamente as ações dos extremistas. Os budistas brasileiros pedem vênia aos extremistas muçulmanos para lembrar-lhes que o próprio Alcorão Sagrado ensina que "não há imposição quanto à religião" (2:256) e para recordar-lhes as belíssimas palavras com que o grande místico islâmico Ibn 'Arabi de Múrcia (1165- 1240) celebrou sua adesão ao Amor Universal que transcende todas as diferenças confessionais e sectárias:<br /><br /><i>"Oh! Maravilha-te! É um jardim entre as chamas!<br />Meu coração tornou-se capaz de todas as formas:<br />é um pasto para as gazelas, um convento para monges cristãos,<br />Um templo para ídolos, e a Caaba dos peregrinos,<br />E as tábuas da Torá e o livro do Alcorão.<br />Sigo a religião do Amor: não importa o rumo que tomam<br />os camelos do Amor, essa é minha religião e minha fé."</i><br /><br />Colegiado Buddhista Brasileiro<br /><br /><b>Diretoria</b><br /><b>Presidente Rev. Shaku Haku-Shin</b><br /><br />Rev. Meihô Genshô<br />Dhammacariya Dhanapala<br />Shaku Hondaku<br />Claudio Miklos Kômyô<br /><br /><b>Presidente do Conselho do CBB</b><br />Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves<br /><br /><b>Conselho</b><br />Lama Chagdud Khadro<br />Rev. Monge Rinchen Khienrab<br />Rev. Heyla Downey<br />Ven. Uttaranyana Sayadaw<br />Rev. Shaku Sogyo<br />Rev. Monja Sinceridade<br />Rev. Coen Sensei<br /><br />Aliam-se a declaração:<br />- Choyu Otani (Mestres das Missões da Ordem Otani-ha)<br />- Rinban Kensho Kikuchi (Ministro Superior da Ordem Otani-ha no Brasil)<br />- Rev. Ricardo Mario Gonçalves<br />- Rev. Hiroshi Matsuda<br />- Rev. Massaharu Suguiura<br />- Rev. Severino Sales Silva<br />- Rev. Leninha Brasileiro<br />- Rev. Hiroyuki Higashi<br />- Rev. Tsuyami Ueno<br />- Rev. Tadao Sawanaka<br />- Rev. Yassuo Nakashima<br />- Rev. Mitsue Nakashima<br />- Rev. Meishi Nakazawa<br />- Rev. Shu Izuhara<br />- Rev. Linda Morimoto<br />- Rev. Yaeko Togawa<br />- Rev. Minako Iso<br />- Rev. Kasuro Nanao<br />- Rev. Margarida Nakaoka<br />- Yuka Kikuchi<br />- Rev. Seigo Nawa</span>Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-14872624585584688122012-09-16T11:28:00.002-03:002012-09-16T11:28:34.243-03:00Como identificar um culto budista nocivo
Por Upasaka HL Wai, O Canal budista, 02 de julho de 2007<br />
<br />
Kuala Lumpur, Malásia - Como qualquer grande religião no mundo, o
Budismo também tem seu quinhão de cultos nocivos. Não importa se o líder
é chamado de Guru, Rinpoche, Sifu ou Bhante, desde que haja tendência
de usar e abusar do Dharma para ganho pessoal, como obter seguidores com
intuito de alimentar o ego do líder ou sua excentricidade, cultistas
sempre irão existir. Cultos também irão prosperar enquanto houver
seguidores que se deixam ser enganados, estejam eles cientes disso ou
não.<br />
<br />
Um culto<strong>¹</strong> é definido pelo Dicionário Livre como, (1)
uma religião ou seita religiosa geralmente considerada extremista ou
falsa, onde seus seguidores muitas vezes vivem de uma forma não
convencional, sob a orientação de um líder autoritário e carismático,
(2) Método ou sistema, geralmente não científicos, cujo criador diz que o
mesmo possui poder exclusivo ou excepcional para curar uma determinada
doença e (3) Obsessão, especialmente se estiver na moda, devoção ou
veneração por uma pessoa, príncipio ou coisa.<br />
<br />
Aqui estão alguns sinais-chave para se identificar cultistas (dentre eles sectários):<br />
<br />
<strong>O líder está sempre certo</strong><br />
<br />
Liderança carismática é fortemente demonstrada em uma situação de
culto. A máxima é de que "o líder tem sempre razão". Muito
frequentemente, a sua "santidade" é auto-ungido e vários títulos
honoríficos são produzidos sem qualquer evidência clara de certificação.
Quando questionado em particular sobre a sua ordenação, especificamente
sobre onde, como e quando ocorreu, as suas respostas são normalmente
evasivas, ou na melhor das hipóteses uma lista desconexa de significados
obscuros (como "uma linhagem de nenhuma escola").<br />
<br />
O líder afirmará ter conhecimento supremo em determinadas áreas de
informação (vinaya, suttas ou liturgia), e pode se utilizar de alguns
versículos para justificar seus pensamentos e ações. Com essa
mentalidade, ele sente possuir autoridade divina para instruir as
pessoas como devem viver e se comportar (como diz o ditado, em terra de
cego, quem tem um olho é rei).<br />
<br />
<strong>Não há questionamentos</strong><br />
<br />
Seguidores do culto costumam citar seus líderes sem nunca
questioná-los. Questionar o líder de uma seita pode resultar em sanção
ou abandono por parte dos outros membros e do líder. Até mesmo o "Kalama
Sutta" pode ser distorcido para se encaixar na interpretação. Um dos
versos favoritos é a aplicação seletiva que somente "... quando vós
mesmos souberes:" Essas coisas (ações) são boas, essas coisas não são
condenáveis; essas coisas são elogiadas pelos sábios; realizadas e
observadas, estas coisas levam ao beneficio e à felicidade ", entre e
permaneça nelas."<br />
<br />
O problema com isto é que é frequentemente dito aos seguidores que
eles são "aprendizes do Dharma", que, devido à sua "ignorância", eles
precisam praticar mais diligentemente antes que possam decidir por si
mesmos. Como tal, é imperativo formar a "amizade espiritual", Kalyana
Mitra: a ligação especial entre "professor e aprendiz". Infelizmente, os
cultistas tendem a explorar essa relação para seus próprios fins, o que
leva eventualmente à perpetuação de um sistema parasitário ou à
dependência contínua. Isso é a antítese dos relacionamentos simbióticos
que existem entre a Sangha e os leigos que são estabelecidos em escolas
regulares.<br />
<br />
Seguidores do culto exibem um zelo inquestionável pelo seu líder e
se recusam a aceitar que seu líder esteja errado. Nos casos mais
extremos os cultistas podem recorrer à violência para proteger seu
professor.<br />
<br />
<strong>O mundo inteiro está contra nós</strong><br />
<br />
Críticas públicas e reprimendas por aqueles que são vistos como mais
experientes ou populares, geralmente fazem com que o líder assuma a
posição de oprimido. Seguidores são constantemente lembrados de que
estão sendo intimidados por mãos invisíveis, por pessoas com autoridade e
por aqueles que tem inveja de suas formas pouco ortodoxas. A única
maneira que eles tem de combater essas forças é a união.<br />
<br />
<strong>Ninguém mais está certo</strong><br />
<br />
Os líderes da seita acreditam que detêm o monopólio da verdade em seu
método de transmitir os ensinamentos e no caminho da prática. Qualquer
pessoa que queira participar ou visitar um outro centro ou grupo de
Dharma é evitado pelo restante da congregação e considerado um traidor.
Houve um caso, na Malásia, onde um professor de culto grosseiramente
abusou do Pannatti Puggala (o livro de classificação dos quatro tipos de
indivíduos) para estigmatizar aqueles que não seguem os rituais
prescritos e os modos de comportamento como "padaparama" - indivíduos
que não podem obter a libertação de males mundanos durante este tempo de
vida, embora ele ou ela se enpenhem com todo seu esforço na prática do
Dhamma. Para piorar a situação,tudo que se precisa faze para conseguir a
liberação é seguir rigorosamente os métodos prescritos e seguir as
instruções do professor.<br />
<br />
<strong>Exploração financeira</strong><br />
<strong></strong><br />
Cultos geralmente estão preocupados em angariar dinheiro, seja para a
caridade ou para construir seu centro. Um de seus métodos favoritos é
enfatizar os ensinamentos do "não-eu", "ausência de ego", "ganância" e
"vazio" e, em seguida, relaciona-los com a idéia de que a riqueza
pessoal tem menos "mérito" em comparação com a partilha com a comunidade
para difundir o Dharma. Grupos de culto ensinam que se sacrificar para o
bem maior de organização é muito melhor do que colocar o seu dinheiro
em outro lugar.<br />
<br />
<strong>Usando medo e intimidação</strong><br />
<br />
Religiões de culto dependem da intimidação, privada e pública, para
manter seus membros na linha. Particularmente no budismo, onde a ênfase
do treinamento da mente através da meditação é integral à prática,
indivíduos fracos ou aqueles que estão enfrentando problemas pessoais
são especialmente suscetíveis a esse tratamento. Através de seu carisma,
os líderes da seita são adeptos a "empatizar" com aqueles que enfrentam
problemas pessoais.<br />
<br />
Quando o líder se irrita e usa palavras ásperas, explica-se logo que é
apenas uma expressão de "amor e compaixão". Alguns justificam este
comportamento rotulando a resposta agressiva como "amizade feroz". E
quando o membro alvo também está sujeito à pressão de seus pares para
"modificar o seu comportamento", a intimidação se torna completa. Isto é
o objeto de estudo da "Psicologia das massas"<br />
<br />
Como resultado, os membros do culto continuamente enfrentam batalhas
intragrupais para manter o seu status devido ao seu desejo de aceitação e
pelo fato de que o mesmo pode mudar dependendo do que está acontecendo
em sua vida². Desta forma, os líderes religiosos da seita são capazes de
manter um fluxo constante de membros obrigados e vinculados à sua
organização.<br />
<br />
<strong>Lavagem cerebral</strong><br />
<br />
Quase todos os cultos budistas nocivos usam alguma técnica de
alteração da mente, como a meditação, o medo do professor, o medo de
"karma ruim" e a manipulação emocional para fazer lavagem cerebral nos
membros da congregação e obriga-los a ficar.<br />
<br />
Tais líderes também são adeptos do uso da culpa, muitas vezes jogando
com a mente de pessoas confusas, dando-lhes aconselhamento pessoal
sobre "observações de formações mentais", após uma sessão de meditação
sentada.<br />
<br />
Ao invez de levar o aluno a fortalecer sua determinação pessoal para
que possa enfrentar seus demônios internos, o cultista vai preferir
cultivar idéias de libertação por meio do apoio da comunidade,
perpetuando a dependência do aluno em forças externas.<br />
<br />
______________________________<br />
<br />
<em><strong>1 </strong>- O uso da palavra culto na língua inglesa é
diferente do uso na lingua portuguesa. Daí a tradução de cult para culto
nocivo, já que no inglês a palavra culto tem uma conotação negativa
quase que aprioristicamente. Neste texto, compreende a palavra culto,
como algo nocivo caso não seja especificado.</em><br />
<br />
<strong><em>2 - </em></strong><em>Esta parte do texto foi alterada em
relação ao original para ficar mais condizente com as teorias de
psicologia social e comportamentos de grupo. Esta parte do texto no
orginal não faz sentido e não condiz com os conceitos de psicologia a
qual se refere ao longo do texto.</em><br />
<br />
(traduzido do Original: <a _mce_href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Ftinyurl.com%2F9b8rldx&h=pAQFmdGZH&s=1" href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Ftinyurl.com%2F9b8rldx&h=pAQFmdGZH&s=1" rel="nofollow" target="_blank">http://tinyurl.com/9b8rldx</a> por Mauricio Ghigonetto e João Gabriel Carvalho Tavares)Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-18815492615798576912012-09-11T14:40:00.003-03:002012-09-11T14:40:40.470-03:00Grupo de Estudos RetomadosAmigos, retomei meu grupo de estudos budistas. As reuniões são quinzenais na Rua Michigan, 333 das 20:30 as 22 horas. No mes de setembro teremos dias 11 e 25. Aguardo vcs!Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-8360173165195422562012-06-21T18:38:00.001-03:002013-09-09T22:02:07.626-03:00Homossexualidade e a Imbecilidade HumanaTodos esses anos me limitei a eventos cotidianos e alguns temas polêmicos e achei que nunca iria precisar escrever sobre isso, pois para mim cada vez mais vejo que a comunidade LGBT está mais aberta e inserida na sociedade. Continuo achando que está, pois vejo casais gays de mãos dadas na rua, trocando beijos, carinhos e se mostrando como qualquer casal normal, como realmente deveria ser. Fico bastante contente por isso.<br />
<br />
Contudo o que estamos vendo é uma reação infundada, insana, idiota, estúpida e irritante de grupos cristãos (católicos, evangélicos e cia) tentando interferir nas vidas de pessoas livres e pensantes com argumentações estapafúrdias e sem qualquer base ou cabimento. Tentando usurpar o estado de direito laico de nosso país de maneira fascista e desumana com teorias que me lembram a da "terra reta" ou da "geração espontanea" (aquela que dizia que roupa suja, graos de cereais e agua geravam ratos! Lembram disso?).<br />
<br />
Que se queira cuidar das bases, ora insanas, de organizações religiosas, cada um tem o direito de proferir o que quer, como quiser (desde que arque com as consequências das besteiras que fale), agora impor sua crença e sua mediocridade ao resto de uma população é no mínimo a volta da inquisição ou o Quarto Reich. Que uma religião pregue que não aceita o homossexualismo, por mais idiota que possa parecer, é um direito deles, mas esses não tem nem um milímetro de direito de impor a uma população suas visòes retrórgadas.<br />
<br />
Essa preocupação desenfreada de algumas denominaçòes religiosas com homossexualismo, só pode ser porque perderam a chave da porta do armário, se é que me entendem. A preocupação é tão grande que me parece esconder algo muito maior por detrás. Algo que deva se encoberto, como talvez, a própria homossexualidade de alguns líderes de tais igrejas.<br />
<br />
O que me ainda tranquiliza é que tenho amigos evangélicos e católicos que se opões firmemente contra essas idéias fascistas, mostrando que a lavagem cerebral deve atingir poucos e não a grande maioria.<br />
<br />
Não incluo aqui, claro, todas as denominações cristãs, pois ainda bem que existem organizações como as igrejas Anglicanas que recebem SERES HUMANOS entre suas colunas seculares e estende a todos os seres humanos a mesma igualdade de diretos espirituais, sem distinção todos são acolhidos. Parabens!<br />
<br />
Como também no Budismo. Não estamos nem aí com nenhuma característica do ser humano, pois todos somos egóicos, heteros ou homos, somos todos dependentes do karma e travamos a mesma luta para cessá-lo.<br />
<br />
A Terra Pura é uma terra destinada a todos os seres, principalmente aqueles que confiem no Voto Original e não me lembro dentro dos 48 Votos de Amida qualquer menção a credo, cor, opção sexual, tipo de cabelo, gênero, altura, peso ou QI... lembro apenas que "não atingirei a Iluminação até que todos os seres estejam salvos". Simples assim.<br />
<br />
Essa vontade do ser humano de construir um deus a sua própria e insiginificante imagem, o coloca no topo da montanha do ego. Quem são essas pessoas para tentar se igualar ou falar em nome de um suposto ser tão abrangente? Tomando por base um livro que ninguém sabe quem escreveu e cada um interpreta da maneira que quer? ora ora... quem somos nós para isso?<br />
<br />
Cada um de nós tem que se posicionar sobre esses temas sejam em rodas de amigos, em redes sociais, o governo e esses religiosos da porta do inferno tem que saber que a maioria da população pensa e toma atitudes.<br />
<br />
Aos que se vêem no olho do furacão por pertencer a grupos deste tipo e não pode suportar a pressão, saiba que você pode ser acolhido em muitas outras denominações reliosas tradicionais cristãs ou budistas. Nem tudo está perdido.<br />
<br />
Namu Amida Butsu<br />
<br />
<br />
PS: em homenagem a um bom amigo, companheiro de senda Budista, soryo e orgulhosamente.... gay! :-)Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-6738383907702121832012-06-21T12:50:00.001-03:002012-06-21T18:19:10.937-03:00Um novo conceito para se aprender o BudismoNo dia de ontem o Instituto de Ensinos Missionários do Nambei Honganji (Higashi) aprovou a criação no Brasil dos chamados "Nembutsu Dojo". "Dojo" é a palavra japonesa para "local de treino, local de prática" e "Nembutsu" é a prática de recitação do nome do Buda.<br />
<br />
Essa decisão é muito importante para a Escola da Terra Pura (Jodo Shinshu) na missão de divulgação desa doutrina em português. Esse movimento começou em Tóquio ha alguns anos com o intuito de tirar o Budismo de dentro dos templos e levá-lo a locais mais perto das casas e trabalho das pessoas. Sabe-se que Toquio é uma cidade imensa e a locomoção demora horas, logo inserir as práticas budistas de ouvir o Dharma dentro desse cronograma diário que esteja longe do itinerário comum das pessoas fica quase impossível.<br />
<br />
Será que essa situação não se assemelha as nossas metrópoles brasileiras, tais como São Paulo e Rio de Janeiro? E também européias como Paris e Londres, por exemplo?<br />
<br />
A idéia primordial em Tóquio era que esses 'dojo' ficassem exclusivamente perto de estações de metro e trens e os horários de funcionamneto se alinhassem com a dinâmica dos frequentadores.<br />
Então com essa aprovação, montamos um 'dojo' em São Paulo, no bairro do Brooklin, coordenado por mim e outro em Paris, coordenado por um brasileiro e existem planos para Campinas e Recife para os próximos, com a supervisão direta do Rev. Wagner Haku-shin e subordinação ao Apucarana Shinshu Gakkuin. O dojo de SP, chamado de Daishinkai Nembutsu Dojo (Daishinkai quer dizer 'Coração Vasto Como o Oceano') segue a idéia de Tóquio também, pois embora em área residencial, localiza-se em local de grande deslocamento de pessoas de e para uma das maiores áreas de concentração de escritórios e escolas da cidade. Sendo próxima a 4 importantes avenidas e distante 100 metros de uma futura e já em construção estação de metro.<br />
<br />
As reuniões serão quinzenais a princípio e com cerimônias mensais aos fins de semana, tudo em português e num ambiente muito agradável com jardins e espaço para 40 pessoas pelo menos.<br />
<br />
O Mugeko Nembutsu Dojo de Paris, coordenado pelo Jean Jacques Algieri também segue a idéia japonesa estando localizado em área residencial e com acesso fácil por metro. Mugeko significa "Luz Livre de Obstáculo" e vai levar a escola da Terra Pura para Paris, local que ainda não possui templos de nossa escola. Essa é uma oportunidade ímpar para franceses e brasileiros na Europa para ouvir o Dharma.<br />
<br />
Esses dojo chegam para preencher uma lacuna há muito aberta no que tange a divulgação dessa doutrina em línguas locais para que todos, incluindo descendentes de japoneses que não mais falam a lingua de seus ancestrais mas querem entender essa religião que impregma suas culturas. No que diz respeito aos não-descendentes, finalmente teremos uma transmissão em lingua pátria, tanto em português como em francês, esclarecendo termos e ao mesmo tempo mantendo tradições que nos unem no mundo todo.<br />
<br />
Se quiser conhecer mais entre em contato conosco via Facebook ou Email<br />
<br />
Namu Amida Butsu<br />
<div style="clear: both; font-size: xx-small; text-align: center;">
Published with Blogger-droid v2.0.6</div>Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-78565893308057346632012-05-22T22:47:00.000-03:002012-05-22T22:47:18.034-03:00Estadia em ApucaranaCom muito atrasado venho postar sobre os dias que passei no Templo Apucarana Nambei Honganji a convite do meu sensei, Rev. Wagner Haku-shi e sua esposa Rev. Sayuri, recebendo ensinamentos, conversando sobre planos futuros, ordenação e ajudando nos preparativos para o Hanamatsuri, a Festa das Flores, que comemora o nascimento do Buddha Shakyamuni.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJqq2kFUjcmZpuxeuLrRv3PdUfQxDBlsbtgAA26ZA-8cEBayAqNavJ0rGL28FFDiv46YBqjvRI05s18hUPC7FTiUwOPbtms5-jaFDtZHsOUiKk1okx4L3KlyRQnRYbeAPQVFZmkgo8G8Q/s1600/IMG_20120501_101613.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJqq2kFUjcmZpuxeuLrRv3PdUfQxDBlsbtgAA26ZA-8cEBayAqNavJ0rGL28FFDiv46YBqjvRI05s18hUPC7FTiUwOPbtms5-jaFDtZHsOUiKk1okx4L3KlyRQnRYbeAPQVFZmkgo8G8Q/s320/IMG_20120501_101613.jpg" width="320" /></a></div>
Minha ida se deu no feriado do dia do trabalho, cheguei no sábado de madrugada em Londrina, onde os revendos me esperavam. Bom, neste instante a conversa começou só acabou 4 dias depois!<br />
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Durante esses dias, além de conhecer uma cidade muito interessante, pude viver um pouco o dia-a-dia de um templo shinshu, interagindo com a comunidade nos preparativos da festa e vendo como é a ação dos monges que vivem diretamente nos templos.<br />
<br />
Podemos achar que é uma vida tranquila e claro que comparado com nossa vida atribulada de metrópole é muito mais easy, mas isso não quer dizer que não tenha o que se fazer. Tem! E muito! Sayuri-san mal parou nesses dias para garantir que tudo estivesse estruturado e em seu lugar para a festa mais importante do Budismo japonês. O entra-e-sai no templo é constante e as "velhinhas" do Fujinkai (Associação de Senhoras) não pararam de cozinhar para fazer que tudo estivesse nos conformes para a festa na terça-feira. No domingo, tudo já estava fervilhando por lá. Sorte minha e do Jean Jacques! Pois comida caseira japonesa feito por senhorinhas que sabem o que estão fazendo é maravilhosa!<br />
<br />
Muita conversa fluia a cada minuto que sentávamos para fazer qualquer coisa, dúvidas, planos, liturgia, recitações, histórias engraçadas, notícias da comunidade, fofocas do Dharma, muito chá verde, cerveja, comida e conversa novamente.<br />
<br />
Jean Jacques, um bom amigo que trilha o caminho monástico comigo, chegou na segunda-feira adicionando mais conersa, mais duvidas, mais notícias. Já estávamos integrados, nos sentindo em casa e com pena de irmos embora.<br />
<br />
A comunidade toda nos recebeu de braços abertos, até meio supresa por ver dois gaijins, um se deslocando de São Paulo e outro de... Paris para comemorar o Hanamatsuri ali em Apucarana. Motivo do discurso do presidente das associações budistas, ressaltando nossa presença e a importância que o "o-tera" (templo) de Apucarana estava ganhando. Afinal, dos provaveis próximos 5 monges da Missão, 3 sairiam dali! Mesmo porque outro monge, de Curitiba, já tinha passado alguns dias antes de nós por lá para receber ensinamentos do Rev. Haku-shin e para a festa chegou Rev. Benjamin de Presidente Prudente, o qual iria fazer a prédica principal das comemorações. Quase sem querer, o otera de Apucarana virou uma "escola budista" (Bukkyo Gakkuin) por quase uma semana naquele período ou melhor uma "Escola do Budismo Terra Pura" (Shinshu Gakkuin)!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrSullf0w4ax_6RLIaP2BpIVbbcVhi1H-zx-PPg0xJPB-7UgojIwnhxIgWHoWvOrlPBENA6RX6D2dUZ9au2H_r442m2gLufG_uY6Li_WuzoFWAuwgIhd8s5mY0FqRSJYAm1FKVKZTUl4/s1600/apuca-monges.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrSullf0w4ax_6RLIaP2BpIVbbcVhi1H-zx-PPg0xJPB-7UgojIwnhxIgWHoWvOrlPBENA6RX6D2dUZ9au2H_r442m2gLufG_uY6Li_WuzoFWAuwgIhd8s5mY0FqRSJYAm1FKVKZTUl4/s320/apuca-monges.jpg" width="320" /></a></div>
Uma semente importante para o Budismo no Brasil foi plantada ali. Não estávamos ali para somente para planejar, para conjecturar. Ali estávamos para decidir e fazer as coisas acontecerem. Decidir como seria o futuro, como daríamos continuidade aos trabalhos missionários no Brasil e qual seria o papel de cada um nesse contexto.<br />
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Foi uma experiência incrível e garanto que tanto eu como Jean Jacques nos sentimos parte integrante desta sangha e lá sempre estaremos quando necessitarem ou quando nos forem solicitados.<br />
<br />
O Hanamatsuri foi maravilhoso! Templo cheio! Dia de festa! Rev. Haku-shin e Rev. Benjamin recitando o Sutra Longo de Amida enquanto toda a assembléia dava banho de chá adocicado na estátua do Buda menino apontando para o céu e para a terra. Shoshinge recitado, wasan e eko. Fotos a vontade e confraternização. Toda a comunidade veio nos cumprimentar e parabenizar pelo nosso futuro na Missão.<br />
<br />
Nessa hora percebemos um jovem rapaz, 12 ou 13 anos, loiro de olhos azuis no meio dos japoneses, portando um nenju (que depois soubemos que ele mesmo o havia feito). Causava estranheza. Sabia as recitações e tentava copiar a minha postura e a do Jean Jacques. Indagamos quem era e descobrimos uma história intrigante. Rev. Haku-shin costuma colocar gasolina em um único posto em Apucarana e um dia um dos frentistas veio conversar com ele sobre o filho. Disse que o rapaz era aficcionado por cultura japonesa, só se interessava sobre isso e queria saber se o filho poderia visitar o templo. E então passou a ir lá, incentivado pelo pai (que nem fazia idéia do que era Budismo) nas datas comemorativas, lembrando que mora em outra cidade que não Apucarana. O rapaz agora aprende japonês e está decidido em realmente seguir o caminho do Budismo. Lembrei muito de mim quando imagens dos meus 3 ou 4 anos vendo filmes de samurais na televisão me vem à mente e da sensação de extase que me provocavam, como se eu tivesse vivido ali fazia pouco. Ouvindo essas histórias cada vez mais vejo que renascimento é algo indubitável.<br />
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Se tudo der certo em julho estaremos lá novamente para os Ritos de Obon, a homenagem aos mortos no Budismo japones.<br />
<br />
Namo Amida Butsu!Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-88787469147592245642012-05-19T23:38:00.001-03:002012-05-19T23:39:07.117-03:00Jodo Shinshu: a doutrina do povoNuma certa aldeia no Japão, haviam dois monges, um da escola da Terra Pura que há muito vivia ali e outro que havia aparecido há pouco e se instalado por lá. Aldeia pobre, restrita em recursos, arroz escasso, muitos impostos para pagar ao daimyo, não poderia sustentar dois monges.<br />
<br />
O prefeito então numa manhã fria e ensolarada reuniu a aldeia na praça e pediu que uma grande tina d'água fosse colocada sobre uma fogueira, ordenando que litros e litros de água fossem fervidos.<br />
<br />
Chamou então os dois monges e proferiu o ultimato: "Nossa vila é pobre, não podemos sustentar dois monges, mas também não sabemos como decidir com qual dos dois devemo ficar. Então teremos uma prova e aquele que passar ficará na nossa vila, o outro terá que partir." Ambos os monges ainda meio atordoados pela movimentação, conscientiram com os procedimentos.<br />
<br />
O prefeito proferiu as regras: "Eis uma tina cheia d'água fervente. Vocês dois terão que entrar na tina, o que sair ileso ficará na aldeia". Imediatamente, o monge que havia chegado a pouco se prontificou a entrar na tina. Fez várias orações, prostrações, mantras, mudras, tudo que sabia para invocar a cosmologia budista inteira. Tirou suas vestes e entrou na tina lá ficando por mais de cinco minutos imersos. De repente, ele emerge todo vermelho, com fumaça saindo pelos poros, tonto, mas vivo. A vila inteira aplaude estupefata a atitude do monge, alguns se prostram e outros louvam o Buda. Ao sair da tina, o monge novato faz uma reverência a todos, se veste e se retira.<br />
<br />
Quando a aldeia se volta novamente para a tina, vêem o monge Terra Pura com as mangas do kimono arregaçada, testando a água da tina. Percebendo a curiosidade de todos, ele ordena: "Alguém poderia trazer quatro pequenas tinas de água do poço?". O prefeito sem entender nada, ordena a dois adolescentes que se apressassem para seguir as ordens do monge.<br />
<br />
Trazidas as tinas de água fresca, o monge pega cada uma, sobe em um banquinho de madeira e as despeja no recipiente. Novamente, enfia os braços dentro da grande tina, mas não fica satisfeito. "Mais duas!", ordenou com um berro ao prefeito. Como em um passe de mágica, surge mais um jovem com duas tinas menores nos ombros, as quais foram despejadas pelo monge dentro da tina maior. Testando a temperatura mais um vez, um sorriso brotou dos lábios do monge.<br />
<br />
Ele então, pegou o banquinho no qual estava trepado e colocou dentro da tina, despiu-se de suas vestes, ficando com suas roupas de baixo e entrou na tina. Sentou-se no banquinho com água pelo pescoço, reclinou-se e relaxou soltando um longo suspiro... alguns instantes se passaram e ele se incomodou com o silêncio que o cercava e abriu os olhos. Foi então que viu a vila inteira de boca aberta, sem entender o que se passava. O monge mais que depressa repreendeu a todos: "Ora, ora, o que estão fazendo aí parados? Entrem, entrem, a água está ótima, não vamos disperdiçar! Entrem, não fiquem acanhados.". E um a um os aldeões foram entrando na tina e se reclinando, sentindo a água morna em seus corpos cansados da labuta nos campos de arroz.<br />
<br />
Algumas mulheres então lembraram que tinham alguns bolinhos de arroz que sobraram do jantar do dia anterior e os trouxeram para perto da tina em cima de uma mesa, o prefeito lembrou que tinha ainda um pouco de um bom saque que ganhara de um amigo. Alguns jovens correram e colheram algumas ameixas e pegaram alguns pedaços de tofu na casa de seus pais. Ao final de alguns minutos, havia uma festa na aldeia, todos se confraternizando e ouvindo as histórias contadas pelo monge sobre o budismo e sobre suas andanças. A aldeia toda participou de um momento único, integrada sob o louvor do Buda e se sentiram iguais, vendo que ali não haviam poderes mágicos, que a mágica da vida estava em compartilhar os momentos com todos, tristes ou felizes.<br />
<br />
Advinhem qual monge ficou na aldeia?Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-54826404217245786792012-05-16T11:48:00.005-03:002012-07-04T16:52:58.189-03:00Cuidado Onde Você Pisa<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Como
o Budismo é uma religião sem uma liderança central, existem muitos
grupos "travestidos" de budistas mas que não pregam a doutrina como
deveriam, seja por interesses comerciais, seja por egocentrismo dos
líderes ou mesmo por seu "líder" achar que todo mundo está errado e só
ele certo (mesmo que esse "todo mundo" sejam escolas centenárias e
estruturadas!) e resolve fundar um grupo/seita/escola próprios. </span></div>
<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<br /></div>
<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Desde
muito tempo me interesso em pesquisar esses grupos e há mais de 15 anos
me correspondo com um instituto acadêmico nos EUA dedicado 100% do tempo
a levantar dados sobre o que eles chamam de "potential harmful cults"
ou "cultos potencialmente perigosos". O Rick Ross Institute (<a href="http://www.rickross.com/" rel="nofollow nofollow" target="_blank">www.rickross.com</a>)
possui uma extensa base de dados sobre diversos "cultos" com muita
informação (em ingles). Desta lista, o que me deixa um pouco mais
confortado, é que só existem 2 grupos supostamente "budistas".<br /> <br /> Portanto, antes de se "atirar" em um grupo, pesquise, se informe, garanto que muitos boatos tem grandes verdades por tras. Se a informação não estiver neste site que indico, dê sempre uma "googlada" e leia o que aparece. </span></div>
<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><br /></span></div>
<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Veja abaixo as dicas que Rick Ross dá para se identificar grupos "potencialmente perigosos" (fonte: http://www.rickross.com/warningsigns.html) :</span></div>
<div class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><br /></span></div>
<h3>
Dez sinais de alerta de um grupo/líder potencialmente perigoso: </h3>
<dl>
<dl><ol>
<li> Autoritarismo absoluto sem responsabilidade significativa. </li>
<li> Nenhuma tolerância para questões ou investigação com críticas. </li>
<li>
Nenhuma divulgação de informação financeira clara relativa a
despesas, tais como uma declaração de uma auditoria financeira independente. </li>
<li> Medo irracional do mundo exterior, pregação de uma catástrofe iminente, conspirações do mal e perseguições. </li>
<li> Não há nenhuma razão legítima para sair do grupo, antigos seguidores estão sempre errados em sair, são negativos ou mesmo maldosos [por não participarem mais do grupo]. </li>
<li> Ex-membros muitas vezes relatam as mesmas histórias de abuso e refletem um padrão similar de queixas. </li>
<li> Há registros, livros, artigos de notícias ou programas de televisão que documentam os abusos do grupo/líder. </li>
<li> Seguidores sentem que nunca podem ser "suficientemente bons" [perante seu líder ou grupo]. </li>
<li> O grupo/líder está sempre certo. </li>
<li>
O grupo/líder é o caminho exclusivo de conhecer a "verdade" ou a
validação da mesmao, nenhum outro processo de descoberta é realmente
aceitável ou digno de crédito. </li>
</ol>
</dl>
</dl>
<h3>
Dez sinais de alerta em relação às pessoas envolvidas em/com um grupo potencialmente inseguro/líder. </h3>
<dl>
<dl><ol>
<li> Obsessão extrema em relação ao grupo/líder resultando na exclusão de quase toda consideração prática. </li>
<li> A identidade individual da pessoa, o grupo em si, o líder e/ou Deus deixam de ser categorias distintas e separadas da existência de cada um e a distinção entre eles fica cada vez mais ténue.
Em vez disso, na mente do seguidor ,essas identidades tornam-se
substancialmente cada vez mais fundidos - conforme o envolvimento dessa
pessoa com o grupo/líder se desenvolve e se aprofunda. </li>
<li> Sempre que o grupo/líder é criticado ou questionado, tal ação se caracteriza como "perseguição". </li>
<li> Conversas e maneirismos estranhamente empolados e aparentemente programada mostrando a clonagem do grupo/líder no comportamento pessoal. </li>
<li> Dependência do grupo/líder para resolução de problemas, soluções e definições sem pensamento reflexivo significativo. A aparente incapacidade de pensar de forma independente ou analisar situações sem o grupo ou envolvimento do líder. </li>
<li> Hiperatividade centrada na agenda do grupo/líder, que parece suplantar todos os objetivos pessoais ou interesses individuais. </li>
<li> A dramática perda de espontaneidade e senso de humor. </li>
<li> Aumento do isolamento de velhos amigos e da família, a menos que demonstrem interesse no grupo/líder. </li>
<li> Qualquer coisa que o líder/grupo faz pode ser justificada não importa o quão áspero ou prejudicial a ação represente. </li>
<li> Antigos seguidores são classificados na melhor das hipóteses como pessoas negativas ou na pior delas, como maldosos e sob más influências. Eles não podem ser confiáveis e contato pessoal deve ser evitado. </li>
</ol>
</dl>
</dl>
<h3>
Dez sinais de um grupo/líder saudável: </h3>
<dl>
<dl><ol>
<li> Um grupo de seguro/líder irá responder às suas perguntas sem julga-lo(a) ou puni-lo(a). </li>
<li>
Um grupo de seguro/líder, irá disponibilizar informações financeiras e muitas vezes oferecem uma declaração de uma auditoria
independente sobre orçamento e despesas. Grupos e líderes saudáveis irão dizer-lhe mais do que você quer saber. </li>
<li>
Um grupo/líder saudável é muitas vezes democrático,
compartilhando decisões e incentivando a responsabilidade e
supervisão. </li>
<li>
Um grupo/líder saudável pode ter antigos seguidores descontentes,
mas não irá difamar, excomungar e proibir os outros de associarem com eles. </li>
<li>
Um grupo/líder seguro não terá uma folha corrida de registros
esmagadoramente negativos, livros, artigos e declarações negativas sobre eles. </li>
<li> Um grupo/líder saudável irá incentivar a comunicação familiar, a
interação da comunidade e amizades já existentes e não se sentirá
ameaçado. </li>
<li> Um grupo/líder saudável vai reconhecer os limites e limitações razoáveis ao lidar com os outros. </li>
<li> Um grupo/líder saudável irá incentivar o pensamento crítico, a autonomia individual e sentimentos de auto-estima. </li>
<li> Um grupo/líder saudável admitem falhas e erros e aceitam as críticas e conselhos construtivos. </li>
<li>
Um grupo/líder saudável não será a única fonte de conhecimento e
aprendizagem excluindo todos os outros, mas o incentivará o diálogo e a livre
troca de idéias. </li>
</ol>
</dl>
</dl>
<br />
Não seja ingênuo, desconfie sempre de algo que é muito novo, de alguém que fundou "um ramo budista", uma nova "escola", que "resgatou ensinamentos do passado", sempre vai ter algo por trás. Seu melhor amigo nessas horas é o GOOGLE, entre, pesquise, vasculhe! Cuidado!Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-38894509686454622562012-05-10T13:00:00.001-03:002012-05-10T15:58:21.061-03:00Dia do Nascimento de Buddha - Data Nacional e OficialCom grande alegria comunico que a partir deste ano o Segundo Domingo de Maio passa a fazer parte do calendário nacional como o Dia do Nascimento de Buddha com possibilidade de comemorações em todo território nacional.<br />
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<br />
Matéria sugerida pelo deputado federal William Woo, foi promulgada pela presidente Dilma Roussef e publicada no Diario Oficial da Uniao. Deputado Woo de familia budista e ligado ao Fo Kwan Shan e Templo Zu Lai, já havia aprovado matéria semelhante em ambito estadual em São Paulo, quando deputado deste estado.<br />
<br />
<br />
Um dia histórico para nós budistas brasileiros.<br />
<br />
<a href="http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=10%2F05%2F2012&jornal=1&pagina=1&totalArquivos=184" target="_blank">Clique aqui para ver o decreto publicado no D.O.U</a> <br />
<br />
<div style="clear: both; font-size: xx-small; text-align: center;">
Published with Blogger-droid v2.0.4</div>Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4709286379676037387.post-63387253927760771332012-05-08T23:30:00.000-03:002012-05-08T23:30:52.316-03:00Materialismo Espiritual VergonhosoOntem mesmo havia lido e<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasileiro-bom-samaritano-vira-heroi-na-china--,870019,0.htm" target="_blank">sta matéria no Estado de São Paulo</a> sobre o exemplo de compaixão que os estrangeiros andam dando na China., segundo a reportagem, país este cujos habitantes não ligam para os problemas alheios, esquivando-se do auxílio de desamparados nas ruas ou em situações de emergência. <br />
<br />
Pois bem, nosso país não está nem um pouco longe disso e vivi isso na pele hoje. Indo trabalhar vejo um rapaz demaiado na calçada. Bem vestido, de calça jeans nova, tenis de marca, camisa pólo. As 10 horas da manhã. Claro que havia um problema ali e na calçada de uma rua movimentadíssima, caminho de muitos executivos para seus escritórios e mães levando crianças para a escola. Pela posição do rapaz, deveria estar ali há algum tempo e absolutamente ninguém parou para acudi-lo!!!!<br />
<br />
Parei o carro imediatamente, desci e fui tomar o pulso do rapaz, completamente desacordado, pulso fraco, não respondeu a nenhum estímulo. Então vi uma moto da polícia, a qual parei e relatei o que tinha visto e chamamos uma ambulância. Neste instante então param outros para ver, para dar palpite e os 3 homens em um bar em frente então vem dizer que "não sabiam o que fazer". "Chamaram uma ambulancia?", se fizeram de desententidos.<br />
<br />
Passados uns 10 minutos, o rapaz esboça reação. Responde minhas perguntas com a cabeça, desperta aos poucos. Claramente, tinha problemas mentais e era mudo, não conseguia se comunicar direito e não conseguia explicar o que tinha acontecido. No máximo 21 anos. Devia morar por ali e teve um mal subito, poderia ter aberto a cabeça e sangrado até morrer, ou se atravessava a rua, poderia ter morrido atropelado.<br />
<br />
E quem parou? Ninguém!!!!! NIN-GUÉM!!!!!! Quantos carros na frente do meu passaram ali 10 minutos antes de mim? 40? 50? E ninguém tem a decência de acudir um semelhante? Quantos dessas no mínimo 150 pessoas que passaram por este coitado se gabam de ter um caminho espiritual em seus domingos de cânticos e desejos de paz?<br />
<br />
Amigos, nossa espiritualidade não estão nos templos, não estão nas nossas preces, mantras, meditação ou recitações do nome de Buddha.... nossa espiritualidade não está no estudo dos sutras, bíblias ou textos sagrados... nossa espiritualidade não está no <i>dana</i>, nas doações, ou na pose de samaritano nas creches e asilos... nossa espiritualidade não está na invocação de um deus, nem na conversão de outrém ou na salvação alheia....<br />
<br />
NOSSA ESPIRITUALIDADE ESTÁ NA COMPAIXÃO COM O PRÓXIMO! ALI, TÃO SIMPLES QUANTO ESTENDER A MÃO PARA QUEM CAI! TÃO SIMPLES QUANTO ACUDIR UM IRMÃO.<br />
<br />
Por todos os Buddhas e Bodhisatvas de todas as eras e direções, onde estamos? Somos todos materialistas espirituais imbecis que não damos a mínima aos problemas alheios em prol dos nossos próprios, mas estamos nos templos e centros de Dharma recitando sutras, sadhanas e mantras... ora, ora, ora...<br />
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Desculpem o desabafo, mas foi um dia de indignação....<br />
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Deixo aqui um conto Zen para que reflitamos....<br />
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"Dois monges caminhando por uma estrada avistam um escopião se afogando em um poça d'água. Um dos monges se agacha e retira o escorpião da poça, tomando uma ferroada. O escorpião então volta para a poça e passa a se afogar novamente. Então, novamente o monge o retira e o coloca mais longe, não sem antes tomar outra ferroada que lhe provocava uma dor lascinante. Sem esperar, o escorpião volta para a poça e incessante o monge o retira novamente e leva para um terreno seco, sem chance de retorno. Com isso tomou mais algumas ferroadas deixando sua mão inchada e uma dor incrível o dominou. Desesperado o outro monge corre ao encontro do seu parceiro, perguntando: "Por que continua tentando salvar este animal sabendo que ele vai voltar para a poça e ainda irá lhe ferroar toda vez?". Diante disso o monge se contorcendo de dor responde: "Caro amigo, a essência do escorpião é ferroar quando se sente ameaçado. A minha essência é salvar todos os seres!"<br />
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Namo Amida Butsu!Mauricio Ghigonettohttp://www.blogger.com/profile/11142929893646405891noreply@blogger.com1